Dieta mediterrânea com ingredientes brasileiros diminui risco de doenças cardíacas
Dieta cardioprotetora brasileira mostra eficácia em reduzir riscos cardiovasculares e promover perda de peso em pacientes vulneráveis

Foto: Reprodução
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SÃO PAULO - A dieta cardioprotetora brasileira foi desenvolvida para adaptar a famosa dieta mediterrânea, utilizando ingredientes locais e acessíveis. O projeto, realizado pelo Hospital do Coração (HCor) em parceria com o Ministério da Saúde, visa melhorar a saúde cardiovascular da população, especialmente das classes C e D.
Os resultados da pesquisa, publicados na revista Clinics, mostram que pacientes que seguiram a dieta adaptada apresentaram perda de peso e redução significativa em fatores de risco cardiovascular, como pressão arterial e níveis de glicose. Em comparação, os grupos que seguiram a dieta mediterrânea tradicional também melhoraram, mas de forma menos expressiva.
Adaptação e Acessibilidade
A proposta surgiu da necessidade de tornar a dieta mediterrânea mais acessível, já que muitos de seus ingredientes são importados e caros. O coordenador-substituto de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Eduardo Fernandes Nilson, destacou que a dieta foi criada para um público mais vulnerável, buscando aumentar a adesão por meio de alimentos regionais.
A equipe de nutricionistas do HCor adaptou mais de cem receitas, substituindo ingredientes como salmão por pescada e azeite por óleo de soja. A nova dieta é organizada em três grupos de alimentos, representando as cores da bandeira brasileira: verde (frutas e verduras), amarelo (carboidratos) e azul (proteínas).
Resultados Promissores
O projeto-piloto envolveu 120 pacientes após eventos cardiovasculares, divididos em três grupos. O grupo que seguiu a dieta adaptada recebeu acompanhamento semanal de nutricionistas, enquanto os outros grupos tiveram suporte mensal. Após três meses, os resultados mostraram que a nova dieta levou a uma redução significativa no sobrepeso e na obesidade.
Carlos Magalhães, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), elogiou a iniciativa, afirmando que a adaptação da dieta mediterrânea à realidade brasileira pode facilitar a adesão da população e, consequentemente, melhorar a saúde cardiovascular no país.
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