Economia

Número de transações do Pix despenca em janeiro após fake news e novas regras fiscais

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos, registrou queda de 10,9% em janeiro. A Receita Federal ampliou a fiscalização sobre transações acima de R$ 5 mil. Fake news sobre taxação do Pix geraram incerteza entre os usuários. O governo afirma que a norma visa combater fraudes, não afetar pequenos comerciantes. A mudança na fiscalização pode impactar a imagem do governo e sua arrecadação.

"O prédio do Banco Central, em Brasília (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)"

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Nos primeiros dias de janeiro de 2025, o número de transações realizadas via Pix registrou uma queda significativa de 10,9% em comparação ao mesmo período de dezembro de 2024, totalizando 1,250 bilhão de operações. Este recuo é o maior desde o lançamento do sistema de pagamentos instantâneos pelo Banco Central em novembro de 2020. O período analisado, que abrange de 4 a 10 de janeiro, é tradicionalmente o de maior movimentação, devido ao pagamento de salários. A queda ocorre em um contexto de incertezas sobre a nova norma da Receita Federal, que ampliou a fiscalização sobre transações financeiras.

A Receita Federal implementou mudanças que exigem que instituições financeiras reportem movimentações superiores a R$ 5 mil mensais para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas. Essa atualização, que visa combater a sonegação e fraudes, gerou preocupações entre a população, especialmente entre autônomos e pequenos comerciantes, que temem uma fiscalização mais rigorosa. Apesar do temor, a Receita esclarece que o foco não é em pequenos valores, mas sim em grandes esquemas de sonegação.

Além disso, a nova norma não introduz taxas sobre as transações do Pix, mas a disseminação de fake news sobre a criação de novos tributos tem gerado confusão. O governo, por meio do presidente Lula, tentou acalmar a população, afirmando que não haverá taxação sobre o uso do Pix. A comunicação do governo enfrenta desafios, especialmente em um cenário onde a imagem do governo já é vista como gastadora, o que pode impactar a aceitação das novas regras.

Apesar das preocupações, o volume total movimentado pelo Pix continua a crescer, com um recorde de R$ 162,9 bilhões em um único dia em dezembro de 2024. A tendência é que as movimentações aumentem em datas específicas, como o último dia útil do mês, e a fiscalização mais rigorosa não parece ter causado uma queda significativa nas operações até o momento.

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