16 de jan 2025
Petrobras registra perda de R$ 9,3 bilhões com defasagem de preços de combustíveis em 2024
Magda Chambriard assumiu a presidência da Petrobras em 2023, gerando temores de intervenção governamental. Entre janeiro e novembro de 2024, a Petrobras perdeu R$ 9,3 bilhões devido à defasagem de preços. A defasagem da gasolina e do diesel atingiu 13% e 22%, respectivamente, o maior nível desde julho de 2023. A política de preços da Petrobras, alterada por Lula, busca reduzir volatilidade, mas gera prejuízos. Críticas apontam que o Brasil ainda discute preços de combustíveis, enquanto países desenvolvidos têm paridade com o mercado.
A defasagem dos preços internos em relação aos externos na gasolina chegou a 14% (Foto: Gabriel de Paiva/ Agência O Globo)
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A gestão de Magda Chambriard na Petrobras, iniciada no ano passado, levantou preocupações sobre a possível intervenção do governo na empresa. Com a defasagem dos preços dos combustíveis, que chegou a 14% na gasolina e 23% no diesel, a situação atual reflete temores de práticas semelhantes às do governo de Dilma Rousseff. Apesar da alta nos preços internacionais do petróleo e da desvalorização do real, a Petrobras não reajustou os preços desde julho de 2023 para a gasolina e desde dezembro de 2022 para o diesel.
A estratégia de manter os preços baixos visa evitar o aumento de custos no transporte, que depende do diesel. Contudo, essa abordagem pode resultar em prejuízos para a Petrobras e desabastecimento, especialmente para empresas menores. A dívida da estatal, que já foi de R$ 690 bilhões, está sob controle atualmente, mas a política de represamento de preços pode levar a uma nova crise financeira. A mudança na metodologia de precificação, promovida por Lula, introduziu novos fatores, mas a defasagem persiste.
Entre janeiro e novembro de 2024, a Petrobras registrou perdas de R$ 9,3 bilhões devido à diferença de preços. Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura, estima que R$ 7,6 bilhões são referentes à gasolina e R$ 1,7 bilhão ao diesel. A defasagem atual é a maior desde julho de 2023, com 13% para a gasolina e 22% para o diesel. Essa situação reflete a dificuldade do Brasil em alinhar os preços dos combustíveis com os padrões internacionais.
Pires critica a política de preços, afirmando que é "inacreditável" que o Brasil ainda discuta esse tema em um contexto de modernização. Ele ressalta que, em países desenvolvidos, os preços dos combustíveis são tratados como commodities, com paridade entre importação e exportação. A insistência em manter preços baixos para controlar a inflação é vista como uma abordagem ultrapassada, que prejudica tanto a Petrobras quanto o mercado.
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