24 de jan 2025
Brasil registra déficit em conta corrente de US$ 56 bilhões em 2024, o maior desde 2019
O Brasil registrou um déficit de US$ 56 bilhões em 2024, o maior desde 2019. O Investimento Direto no País (IDP) cresceu para US$ 71,1 bilhões, superando o déficit. A Dívida Bruta do Governo Geral deve alcançar 77% do PIB, com tendência de alta. A balança comercial teve superávit de US$ 66,2 bilhões, mas insuficiente para cobrir o déficit. Projeções indicam que o déficit em 2025 pode ser reduzido para US$ 46,5 bilhões.
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O Brasil registrou um déficit em transações correntes de US$ 9,033 bilhões em dezembro de 2024, conforme dados do Banco Central (BC). Em comparação, o saldo foi negativo em US$ 5,587 bilhões no mesmo mês de 2023. No acumulado do ano, o déficit totalizou US$ 55,966 bilhões, representando 2,55% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2023, o déficit foi de US$ 24,516 bilhões. O BC havia projetado um déficit de US$ 54 bilhões para 2024, conforme o último Relatório Trimestral de Inflação.
O Investimento Direto no País (IDP) somou US$ 2,765 bilhões em dezembro, revertendo a saída líquida de US$ 1,992 bilhão do ano anterior. No total de 2024, o IDP alcançou US$ 71,070 bilhões, equivalente a 3,24% do PIB, superando os 2,85% do PIB de 2023. Esse montante é suficiente para cobrir o déficit em conta corrente. As remessas líquidas de lucros e dividendos para o exterior totalizaram US$ 4,074 bilhões em dezembro, uma queda em relação aos US$ 4,591 bilhões do ano anterior.
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), estimada em 77,7% do PIB, deve continuar a subir, podendo alcançar 116,3% do PIB em 2034, segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI). Para estabilizar a dívida, seria necessário um superávit primário de 2,4% ao ano, o que é considerado inviável no atual cenário econômico. A IFI projeta um déficit primário de 0,1% para 2024, com o resultado oficial a ser divulgado em fevereiro.
O rombo nas contas externas do Brasil mais que dobrou em 2024, atingindo US$ 56 bilhões, o maior resultado negativo desde 2019. O déficit foi impulsionado pela redução do superávit da balança comercial e pelo aumento do déficit de serviços. Apesar disso, o IDP financiou o saldo negativo das transações, com um aumento significativo em relação ao ano anterior. O BC também destacou que a balança comercial teve um superávit de US$ 66,2 bilhões em 2024, embora inferior aos US$ 92,3 bilhões de 2023.
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