11 de fev 2025
Inflação em janeiro apresenta alta moderada, mas alimentos seguem como 'vilões'
O IPCA de janeiro teve alta de 0,16%, a menor desde 1994, devido à energia elétrica. A carne, café e laranja devem continuar em alta, impactados por clima e câmbio. A carne subiu 21,17% em 12 meses, com menos oferta interna por exportações. O café acumula alta de 50,35%, com previsão de oferta fraca em 2025. O óleo de soja pode desacelerar, com safra recorde e queda de preços em janeiro.
Foto: Reprodução
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação de janeiro de 2024 registrou alta de 0,16%, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulando 4,56% em doze meses. Essa foi a menor variação para um mês de janeiro desde a implementação do Plano Real, em 1994, impulsionada pela queda de 14,21% no preço da energia elétrica, devido ao repasse do "bônus de Itaipu". No entanto, os preços de alimentos e bebidas subiram 0,96%, com destaque para a alta de 1,07% na alimentação em domicílio, impulsionada por cenouras, tomates e café moído.
André Braz, coordenador de Índices de Preços na Fundação Getulio Vargas (FGV), analisou as perspectivas para os preços de alimentos. As carnes, que subiram 0,36% em janeiro e acumulam alta de 21,17% em doze meses, enfrentam pressões devido à desvalorização da moeda e ao ciclo pecuário, que reduz a oferta no médio prazo. A expectativa é que os preços continuem elevados até 2025, já que a recomposição dos rebanhos leva tempo.
O preço do café moído disparou 50,35% em doze meses, afetado por uma seca histórica e um ciclo bianual de produção. Para 2024, a expectativa é de que a oferta continue baixa, resultando em preços altos. A laranja também teve alta significativa, com a laranja lima subindo 59,56% e a pera 34,52%, devido a condições climáticas adversas. A produção deve cair 27,4% na safra 2024/25, o que pode pressionar ainda mais os preços.
Por outro lado, o óleo de soja apresenta uma perspectiva mais otimista, com alta de 24,55% em doze meses, mas uma previsão de safra recorde pode levar a uma desaceleração nos preços. O azeite, que subiu 17,24%, enfrenta desafios devido à dependência de importações e à desvalorização cambial, dificultando uma queda significativa nos preços. A expectativa é que os preços do azeite permaneçam elevados, dependendo das safras nos principais países produtores.
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