Economia

Goldman Sachs rebaixa Bradesco e eleva Santander; ações do primeiro caem 3%

Goldman Sachs cortou a recomendação do Bradesco para venda, preço alvo de R$ 11,40. Desafios estruturais devem manter o ROE abaixo do custo de capital por dois anos. Santander Brasil teve recomendação elevada para neutro, com preço alvo de R$ 28. Itaú manteve recomendação de compra, preço alvo de R$ 39, prevendo crescimento de 8%. Ambiente macroeconômico desafiador pode dificultar recuperação dos bancos brasileiros.

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O Goldman Sachs revisou suas recomendações para ações de bancos brasileiros, destacando o Bradesco (BBDC4), cuja recomendação foi cortada de neutro para venda, com um preço-alvo de R$ 11,40. O banco americano acredita que a recuperação da lucratividade do Bradesco levará mais tempo do que o esperado, devido a desafios estruturais que devem manter o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) abaixo do custo de capital próprio (COE) por pelo menos mais dois anos. Às 10h15 do dia 12 de abril, as ações do Bradesco caíam 3,26%, enquanto o Santander Brasil (SANB11) apresentava leve alta de 0,65%.

Em relação ao Santander Brasil, o Goldman Sachs elevou a recomendação de venda para neutro, com preço-alvo de R$ 28. O banco tem mantido o ROE acima do COE nos últimos trimestres, o que pode indicar uma tendência positiva. O Santander possui uma maior exposição ao financiamento de veículos, o que justifica uma abordagem cautelosa na concessão de crédito e um foco em clientes de alta renda. Atualmente, suas ações são negociadas a 6,1 vezes o Preço/Lucro (P/L) e 1,0 vez o Preço/Valor Patrimonial (P/BV).

O Itaú (ITUB4) manteve a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 39, baseado em um modelo de fluxo de dividendos. O banco espera um crescimento da carteira de crédito de 8% em 2025, superando os 6% esperados para Bradesco e Santander. Os riscos incluem ROEs baixos em outros países e concorrência acirrada no segmento de alta renda. O Itaú negocia atualmente a 7,4 vezes o P/L estimado para 2025.

Por fim, o Goldman Sachs prevê que a margem financeira com clientes do Itaú deve superar o crescimento dos empréstimos, apesar de um cenário macroeconômico desafiador, com inflação e juros altos. O aumento da taxa Selic pode impactar a qualidade dos ativos, especialmente no segundo semestre, representando um risco para os níveis de provisão. As tarifas e despesas devem crescer entre um dígito médio e alto, refletindo a postura conservadora do banco.

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