Economia

Galípolo: Política monetária não pode enfrentar 'fantasma' da dívida pública

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, defende política monetária baseada em dados. Ele critica a especulação do mercado sobre a política fiscal brasileira. Galípolo elogia o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por sua dedicação. O Comitê de Política Monetária (Copom) adotou taxa de juros restritiva recentemente. O BC analisa dados para evitar amplificação de volatilidade no mercado financeiro.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo (Foto: Rogerio Vieira/Valor)

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo (Foto: Rogerio Vieira/Valor)

Ouvir a notícia

Galípolo: Política monetária não pode enfrentar 'fantasma' da dívida pública - Galípolo: Política monetária não pode enfrentar 'fantasma' da dívida pública

0:000:00

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou em evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que a política monetária não deve combater "fantasmas". A declaração surgiu em resposta a questionamentos sobre a avaliação do BC em relação à política fiscal, especialmente em um cenário de preocupações sobre a sustentabilidade da dívida pública. Galípolo enfatizou que o Banco Central não pode agir preventivamente com base nas expectativas do mercado sobre a política fiscal brasileira.

Galípolo também defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltando seu esforço contínuo na defesa da política fiscal. Ele mencionou que, nas reuniões de dezembro e janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) adotou uma postura clara ao elevar a taxa de juros para um nível restritivo, buscando agir com "alguma segurança". O presidente do BC explicou que os efeitos das mudanças na taxa de juros são percebidos inicialmente na atividade econômica e, posteriormente, na inflação.

O presidente do Banco Central ressaltou a importância de uma análise cuidadosa dos dados de atividade e inflação, afirmando que a instituição mantém uma atuação preventiva devido à defasagem natural dos efeitos da política monetária. Ele também mencionou que o BC adota uma abordagem de reação assimétrica, sendo mais agressivo em períodos de alta de juros e mais cauteloso ao observar a desaceleração da inflação. Galípolo afirmou que a autoridade monetária evita amplificar a volatilidade do mercado, focando em uma análise detalhada dos dados.

Em relação ao estresse nos mercados financeiros no final do ano passado e ao impacto do dólar na inflação, Galípolo explicou que o "pass-through" do câmbio é influenciado pelo nível de atividade econômica e pela duração das variações do dólar. Ele reiterou que o Banco Central precisa de tempo para avaliar os dados e as repercussões dos eventos passados, a fim de identificar tendências de longo prazo.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela