Economia

Investimentos em transição energética superam US$ 2 trilhões, mas desafios persistem

Em 2024, o investimento global em transição energética alcançou US$ 2,1 trilhões. O Brasil ocupa a sétima posição em investimentos, totalizando US$ 37,1 bilhões. Setores como cimento e alumínio são responsáveis por 85% das emissões industriais. A Vale investe R$ 2,6 bilhões na produção de briquetes de minério de ferro. A Eneva amplia oferta de GNL, reduzindo emissões em transporte rodoviário.

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Em 2024, o mundo alcançou um investimento recorde de US$ 2,1 trilhões em tecnologias para a transição energética, mais que o dobro dos US$ 929 bilhões registrados em 2020, conforme o relatório “Energy Transition Trends 2025” da BloombergNEF. O estudo revela que a maior parte dos recursos foi direcionada a setores com tecnologia madura, como eletrificação dos transportes e energias renováveis, que receberam US$ 757 bilhões e US$ 728 bilhões, respectivamente. Em contraste, tecnologias emergentes, como hidrogênio verde e captura de carbono, atraíram apenas US$ 154 bilhões, representando 7% do total.

O relatório também destaca que os investimentos atuais ainda são insuficientes para alcançar a neutralidade de carbono até 2050, sendo necessário triplicar os aportes entre 2025 e 2030, atingindo US$ 5,6 trilhões anuais. Terje Pilskog, CEO da Scatec, enfatiza que, apesar dos avanços, a transição energética não avança na velocidade necessária e sugere a necessidade de parcerias e soluções híbridas inovadoras para acelerar o progresso.

O Brasil ocupa a sétima posição global em investimentos em tecnologias de transição energética, com US$ 37,1 bilhões aplicados em 2024, uma queda de 4,3% em relação ao ano anterior. Viviane Romeiro, do Cebds, aponta que, embora o país tenha avançado na produção de energia eólica e solar, ainda enfrenta desafios na descarbonização de setores industriais e de transporte, que são responsáveis por cerca de 6% das emissões de gases de efeito estufa.

O setor de óleo e gás, historicamente o maior emissor de GEE, também busca reduzir suas emissões. O Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP) aponta que 30% dos investimentos em pesquisa e inovação estão sendo direcionados para tecnologias de mitigação. A Eneva, maior produtora privada de gás natural do Brasil, está diversificando seus negócios com investimentos em energia solar e gás natural liquefeito (GNL), visando criar o primeiro corredor verde do país. A Vale, por sua vez, investe em soluções de descarbonização, como a produção de briquete de minério de ferro, que promete reduzir em 10% as emissões na siderurgia.

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