Economia

Café fake preocupa indústria com aumento de falsificações e queda nos preços do arábica

O "café fake" é uma imitação prejudicial, feita de impurezas do café legítimo. A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) alerta sobre os riscos à saúde. Apesar da queda recente, os preços do café arábica ainda refletem alta demanda. Problemas climáticos afetam a produção global, impactando preços e oferta. A desvalorização do dólar e baixos estoques pressionam o mercado de café.

Abic recomenda que os consumidores verifiquem as informações da embalagem para distinguir o café genuíno do café falsificado. (Foto: Dimas Ardian/Bloomberg)

Abic recomenda que os consumidores verifiquem as informações da embalagem para distinguir o café genuíno do café falsificado. (Foto: Dimas Ardian/Bloomberg)

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A crescente preocupação com a qualidade do café no Brasil tem gerado alertas sobre a presença de produtos falsificados, conhecidos como café fake ou cafake. Essa imitação, que se assemelha ao café moído, é composta por impurezas e resíduos do beneficiamento do café legítimo, segundo Pavel Cardoso, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Ele destaca que a alta nos preços do café tem incentivado a produção desses produtos, que não possuem registro na Anvisa e podem conter elementos prejudiciais à saúde, como cascas e pedras.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) está investigando a situação, com Hugo Caruso, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, afirmando que a análise dos produtos apreendidos determinará se realmente se trata de fraude. Cardoso recomenda que os consumidores verifiquem as informações nas embalagens, já que o café verdadeiro geralmente indica a variedade do grão, enquanto os falsificados podem usar descrições enganosas, como "pó para preparo de bebida sabor café".

A alta nos preços do café, que chegou a R$ 30,00 por 500g do produto legítimo, contrasta com os R$ 13,99 do café fake, o que levanta suspeitas sobre a qualidade. A situação é agravada por fatores climáticos que impactaram a produção, como ondas de calor e chuvas abaixo do normal, resultando em uma oferta restrita. Em 2024, o custo do café aumentou 160%, mas o repasse ao consumidor foi de apenas 39%, indicando que novos reajustes podem ocorrer.

Além disso, a produção global de café tem enfrentado déficits, com a colheita no Brasil e em outros países, como Vietnã e Colômbia, abaixo do esperado. O preço do café arábica, por exemplo, atingiu recordes históricos, com cotações na Bolsa de Nova York superando US$ 4 por libra-peso. A demanda global continua alta, mas a elevação dos preços pode impactar o consumo no médio prazo, especialmente com estoques baixos na União Europeia, que caíram para cerca de 70 dias de consumo.

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