Economia

Bancos centrais abandonam 'economês' e adotam comunicação irreverente nas redes sociais

O Banco Central do Brasil lançou a série "BC Sincero" no Instagram, buscando desmentir fake news. A estratégia gerou críticas após um vídeo viral que levantou preocupações sobre vulgarização. Ex presidentes do BC apoiam a comunicação informal, mas alertam para riscos de confusão. A comunicação acessível é vista como essencial para a alfabetização financeira da população. Especialistas destacam a necessidade de manter a credibilidade na comunicação institucional.

“BC Sincero”: alter ego engraçadinho do banco nas redes (Foto: Reprodução)

“BC Sincero”: alter ego engraçadinho do banco nas redes (Foto: Reprodução)

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As autoridades monetárias globais, incluindo o Banco Central do Brasil, estão reformulando sua comunicação para se tornarem mais acessíveis ao público. Termos técnicos como "forward guidance" e "hiato do produto" estão sendo substituídos por uma linguagem mais simples e descontraída, especialmente nas redes sociais. Essa mudança visa engajar a população em temas econômicos, como inflação e segurança financeira, utilizando humor e referências atuais. Por exemplo, o Riksbank da Suécia responde a perguntas de internautas, enquanto a Autoridade Monetária de Hong Kong lançou um jingle sobre proteção contra fraudes digitais.

No Brasil, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou que a comunicação é um desafio, especialmente em um contexto repleto de informações falsas. A série “BC Sincero” no Instagram exemplifica essa nova abordagem, utilizando um tom informal para esclarecer dúvidas e desmentir boatos. Ex-presidentes do BC, como Henrique Meirelles, elogiam o uso das mídias sociais como uma forma de expandir a comunicação da instituição e aumentar a compreensão pública sobre suas ações.

Entretanto, essa estratégia não é isenta de riscos. Um vídeo recente do BC, que usou inteligência artificial para desmentir rumores sobre impostos no Pix, gerou reações mistas. Embora tenha sido bem recebido por alguns, ex-diretores e agentes do mercado criticaram a abordagem, alertando para o risco de "vulgarização" da comunicação. Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, enfatizou a importância de manter a clareza e evitar confusões na mensagem.

A experiência do Banco Central brasileiro reflete um desafio comum enfrentado por instituições financeiras ao tentar se conectar com o público. A necessidade de uma comunicação clara e adequada é fundamental para manter a credibilidade, evitando que tentativas de desmistificação se tornem contraproducentes. Marcos Bedendo, professor de Comunicação, ressalta que a linguagem deve ser apropriada ao contexto institucional, evitando um tom excessivamente informal que possa comprometer a seriedade da mensagem.

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