Economia

Ipea aponta impacto limitado da tarifa de 25% sobre aço na economia brasileira

A tarifa de 25% dos EUA sobre aço e alumínio impacta Minas Gerais, grande produtora. Estudo do Ipea prevê queda de 11,27% nas exportações de aço e perda de US$ 1,5 bilhão. O governo brasileiro busca negociar para mitigar efeitos, evitando retaliações imediatas. A indústria siderúrgica pode redirecionar produtos para o mercado interno, afetando preços. A relação Brasil EUA é crucial, com o Brasil sendo segundo maior exportador de aço para os EUA.

Tarifas de Trump sobre aço e alumínio: foto mostra fábrica mexicana de peças (Foto: Reuters/Daniel Becerril)

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A nova tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio brasileiras, implementada pelos Estados Unidos em 12 de março de 2024, terá um impacto significativo na indústria siderúrgica do Brasil, especialmente em Minas Gerais, que representa 30% da produção nacional de aço. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) prevê uma queda de 11,27% nas exportações de aço e uma redução de 2,19% na produção de metais ferrosos, resultando em uma perda de US$ 1,5 bilhão em exportações. Apesar disso, o impacto geral na economia brasileira deve ser limitado, com uma retração estimada de apenas 0,01% no PIB.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe, destacou que a negociação é o melhor caminho, já que o aço brasileiro é essencial para a siderurgia americana. Ele acredita que a pressão das empresas americanas sobre o governo dos EUA pode facilitar um acordo. Além disso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) está trabalhando junto ao governo para encontrar soluções que minimizem os danos. Roscoe também mencionou a possibilidade de proteger o mercado interno contra a concorrência predatória da China, que tem inundado o Brasil com aço a preços baixos.

A situação é complexa, pois o Brasil é o segundo maior exportador de aço para os EUA, com 4,1 milhões de toneladas enviadas no último ano. A expectativa é que as empresas brasileiras busquem novos mercados ou redirecionem suas vendas para o mercado interno, o que pode levar tempo e afetar os preços. O governo brasileiro, por sua vez, optou por não retaliar imediatamente, preferindo aguardar o desenrolar das negociações com os EUA.

Por fim, a relação entre Brasil e Estados Unidos é crucial, e a busca por um entendimento que beneficie ambos os lados é fundamental. A indústria siderúrgica brasileira enfrenta um desafio, mas também uma oportunidade de reposicionamento no mercado global, especialmente em um cenário onde as relações comerciais entre os EUA e a China estão em tensão.

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