Economia

Copom eleva Selic a 14,25% e projeta novo aumento em maio, maior patamar em 20 anos

O Copom elevou a Selic para 14,25% ao ano, o maior nível em oito anos. A decisão foi unânime e segue o planejamento do Banco Central para 2025. Novo aumento na Selic é previsto para maio, mas com menor magnitude. Expectativas de inflação desancoradas exigem uma política monetária mais rigorosa. Cenário econômico adverso e incertezas externas impactam a condução da inflação.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto, em Brasília (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, alcançando 14,25% ao ano. Essa decisão, unânime entre os diretores, está alinhada com as projeções feitas no final do ano passado. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que essa medida faz parte do guidance do Copom e que um ajuste menor pode ser esperado na próxima reunião, dependendo da evolução da inflação e da atividade econômica.

Com essa nova taxa, os juros básicos atingem o maior nível em mais de oito anos, sendo que a última vez que a Selic esteve em 14,25% foi em 2016, durante uma crise econômica e o impeachment da então presidente Dilma Rousseff. O Copom indicou que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será determinada pelo compromisso de convergência da inflação à meta, considerando também a dinâmica dos preços e a ociosidade da economia.

Economistas analisaram a comunicação do Copom, que mencionou a desaceleração da economia brasileira como um fenômeno ainda em início. A ênfase na dinâmica inflacionária foi mantida, levando o comitê a surpreender o mercado com a indicação de um novo aumento na Selic em maio, embora de menor magnitude. A expectativa é que essa elevação seja entre 0,25 e 0,75 ponto percentual.

O cenário externo continua desafiador, especialmente devido à situação nos Estados Unidos. No Brasil, indicadores econômicos mostram dinamismo, mas há sinais de moderação no crescimento. O Copom ressaltou que a percepção sobre a sustentabilidade fiscal e a dívida pública impacta significativamente as expectativas de inflação e os preços de ativos, exigindo uma política monetária mais restritiva.

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