27 de jan 2025
Mercado projeta Selic a 13,25% e inflação em 5,5% para 2025 em semana decisiva do Copom
O Comitê de Política Monetária (Copom) deve elevar a Selic para 13,25%. Projeções de inflação aumentaram para 5,50% em 2025 e 4,22% em 2026. O Brasil enfrenta alta inflação, com a Selic em 12,25% após quatro aumentos. Expectativa de crescimento do PIB em 2025 é de 2,06%, ligeiramente ajustada. A nova meta contínua de inflação será monitorada a partir de 2025, com limites.
Novo presidente do BC, Gabriel Galipolo, indicado por Lula, deve continuar a subindo os juros na próxima quarta (Foto: TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO)
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Os economistas do mercado projetam um aumento significativo na taxa Selic, atualmente em 12,25% ao ano, para 13,25% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para 29 de janeiro. Essa medida visa conter a inflação, que já ultrapassou o teto do sistema de metas em 2023, quando atingiu 4,83%. A expectativa é que a Selic continue a subir, podendo chegar a 15% até junho de 2025. O Banco Central (BC) utiliza a Selic como principal ferramenta para controlar a inflação, que afeta mais intensamente a população de baixa renda.
As pressões inflacionárias são atribuídas a diversos fatores, incluindo efeitos climáticos que impactaram os preços de alimentos e energia, além da alta do dólar e a recuperação econômica que tem gerado aumento na demanda. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, já se viu obrigado a explicar ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, as razões para a inflação acima do esperado. A nova meta de inflação, a partir de 2025, será de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5% para cima ou para baixo.
O cenário econômico atual é desafiador, com a mediana das projeções de inflação para 2025 subindo de 5,08% para 5,50%. Para 2026, a expectativa também foi ajustada, passando de 4,10% para 4,22%. O crescimento do PIB foi revisado para 2,06% em 2025, enquanto a previsão para o câmbio permanece em R$ 6,00. A inadimplência no crédito, embora tenha caído, ainda representa um desafio, com o comprometimento da renda familiar se mantendo em 26,3%.
A primeira reunião do Copom sob a liderança de Galípolo ocorre em um ambiente de incertezas econômicas. O Itaú sugere que o comitê pode adotar uma postura mais cautelosa, evitando previsões sobre futuros aumentos da Selic. A expectativa é que a política monetária restritiva impacte a economia de forma mais intensa a partir do segundo trimestre de 2025, refletindo a necessidade de um controle mais rigoroso da inflação em um cenário de crescimento econômico robusto.
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