Economia

Unimed Nacional é chamada para reunião na ANS após registrar prejuízo de R$ 503 milhões

A Unimed Nacional registrou um prejuízo de R$ 503 milhões em 2024. A ANS destaca problemas de governança e falta de rateio de perdas. Cabesp teve prejuízo contábil, mas mantém patrimônio sólido de R$ 12 bilhões. O setor de autogestão acumulou prejuízo de R$ 2,1 bilhões, exigindo mudanças. A Unimed Nacional recebeu aporte de R$ 1 bilhão para reequilibrar suas contas.

Unimed Nacional fechou 2024 com prejuízo de R$ 5203 milhões (Foto: Reprodução)

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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) convocou a Unimed Nacional para uma reunião nesta quarta-feira, às 10h, após a cooperativa registrar um prejuízo recorde de R$ 503 milhões em 2024. Jorge Aquino, diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, destacou que, embora a Unimed tenha enfrentado dificuldades devido à obrigação judicial de assumir carteiras de clientes problemáticas, há uma questão de governança a ser abordada. Ele enfatizou a necessidade de um aprimoramento da governança nas Unimeds, sugerindo que as perdas devem ser rateadas imediatamente para evitar um efeito bola de neve.

Em janeiro, a Unimed Nacional firmou um acordo para receber um aporte de R$ 1 bilhão de 300 cooperativas médicas regionais, com o intuito de reequilibrar suas contas e evitar uma intervenção da ANS. Aquino também mencionou que o prejuízo de R$ 1,5 bilhão da Cabesp, autogestão do extinto Banco do Estado de São Paulo, deve ser desconsiderado por se tratar de uma questão contábil. Ele ressaltou que, apesar de aparecer como o maior prejuízo no painel econômico-financeiro da ANS, a Cabesp possui um patrimônio de R$ 12 bilhões.

O desempenho da Unimed Nacional foi o pior do setor, mas, ao analisar o segmento de planos de saúde de autogestão, que inclui entidades sem fins lucrativos, o resultado foi ainda mais alarmante. Este segmento, que atende principalmente servidores públicos, registrou um prejuízo total de R$ 2,1 bilhões. Entre as entidades mais afetadas estão a Cassi, com um resultado negativo de R$ 469,71 milhões, e a Geap, que ficou com um déficit de R$ 27 milhões.

Aquino sugeriu que seria necessário aumentar os recursos nas autogestões, mas expressou dúvidas sobre a capacidade dos usuários de contribuir financeiramente. Ele mencionou que uma das solicitações do setor foi a possibilidade de oferecer planos para o mercado geral, mas os estudos indicam que isso não resolveria os problemas financeiros enfrentados. O diretor concluiu que outras alternativas devem ser avaliadas para enfrentar a crise nas autogestões.

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