26 de mar 2025
Brasil registra US$ 9,3 bilhões em investimentos estrangeiros diretos em fevereiro
Investimentos estrangeiros diretos no Brasil atingem US$9,3 bilhões em fevereiro, mas déficit em transações correntes cresce para US$8,758 bilhões.
Foto: Reprodução
Ouvir a notícia:
Brasil registra US$ 9,3 bilhões em investimentos estrangeiros diretos em fevereiro
Ouvir a notícia
Brasil registra US$ 9,3 bilhões em investimentos estrangeiros diretos em fevereiro - Brasil registra US$ 9,3 bilhões em investimentos estrangeiros diretos em fevereiro
O Brasil registrou em fevereiro de 2024 uma entrada de investimentos estrangeiros diretos (IED) de US$ 9,3 bilhões, superando as expectativas de analistas que projetavam US$ 5,5 bilhões. Esse valor também é superior aos US$ 5,332 bilhões do mesmo mês do ano anterior. Os IED representam um importante indicador de fluxo de recursos para investimentos de longo prazo e ajudaram a compensar o déficit na conta corrente, que atingiu 3,38% do PIB nos últimos doze meses, um aumento em relação aos 3,18% do mês anterior.
Por outro lado, o Brasil enfrentou um saldo negativo nas transações correntes de US$ 8,758 bilhões, um aumento em relação ao rombo de US$ 3,903 bilhões registrado em fevereiro de 2023. O déficit acumulado em doze meses corresponde a 3,28% do PIB. Apesar do resultado positivo dos investimentos diretos, a economista da XP, Luiza Pinese, alertou que o déficit pode ultrapassar os IED em 2025, devido a importações mais altas do que o esperado.
A balança comercial também apresentou resultados negativos, com um déficit de US$ 979 milhões, em contraste com o superávit de US$ 4,387 bilhões do mesmo mês do ano anterior. O rombo na conta de serviços foi de US$ 3,889 bilhões, enquanto a conta de renda primária registrou um déficit de US$ 4,104 bilhões, ligeiramente melhor que os US$ 4,630 bilhões do ano anterior.
Pinese destacou que o déficit observado em fevereiro deve ser analisado com cautela, considerando a importação de uma plataforma de petróleo da China, avaliada em US$ 2,7 bilhões, e atrasos nas exportações agrícolas. Ela espera que a dinâmica das importações se mantenha no primeiro semestre, mas que a desaceleração da atividade e os impactos da taxa de câmbio possam aliviar a situação.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.