09 de abr 2025
Déficit primário do setor público cai para R$ 18,9 bilhões em fevereiro de 2025
Déficit primário do setor público cai para R$ 18,9 bilhões em fevereiro, mas dívida bruta atinge 76,2% do PIB, pressionada por juros altos.
Chefe do departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha (Foto: Ruy Baron/Valor)
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O Banco Central (BC) divulgou que o déficit primário do setor público consolidado caiu para R$ 18,9 bilhões em fevereiro, uma redução significativa em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o rombo foi de R$ 48,7 bilhões. Essa melhora é atribuída ao pagamento de precatórios, que não ocorreu na mesma magnitude em 2025. O chefe do departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, destacou que, sem considerar os precatórios, os déficits dos dois anos seriam equivalentes.
A dívida bruta do governo geral alcançou 76,2% do PIB, totalizando R$ 9 trilhões. Esse aumento de 0,5 ponto percentual em relação a janeiro foi impulsionado pela incorporação de juros nominais, que sozinhos elevaram o indicador em 0,7 ponto percentual. O setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 97,2 bilhões em fevereiro, refletindo a soma do déficit primário e dos juros pagos.
Os juros nominais pagos pelo setor público somaram R$ 78,3 bilhões, um aumento em relação aos R$ 65,2 bilhões do ano anterior. Esse crescimento é atribuído à alta da taxa Selic e ao aumento do estoque da dívida pública. No acumulado de doze meses, os gastos com juros já totalizam R$ 924 bilhões, representando 7,78% do PIB.
Além disso, a dívida líquida do setor público também subiu, atingindo 61,4% do PIB. O aumento foi influenciado pelos mesmos fatores que impactaram a dívida bruta, como os juros e o déficit primário, embora tenha havido uma leve queda nos indicadores no acumulado do ano, impulsionada pelo crescimento do PIB e resgates líquidos de dívida.
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