12 de abr 2025
Brasil se beneficia da guerra comercial e projeta crescimento de 2,1% no PIB em 2025
Cristiano Oliveira, do banco Pine, revisou a projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2,1% em 2023, impulsionado pela agricultura e consumo interno. Ele destacou que o Brasil, por ser uma economia relativamente fechada, é menos impactado pela guerra comercial entre os EUA e a China, ao contrário de países vizinhos como México e Chile. Oliveira acredita que o Brasil pode até se beneficiar, com um aumento de 0,1 ponto percentual no PIB devido à disputa global. Os setores mais favorecidos incluem vestuário, eletrônicos e produtos de madeira. A agricultura deve crescer 8,5% este ano, com aumento na área plantada e produtividade, exceto no Rio Grande do Sul. A absorção doméstica também deve ser mais robusta, com uma revisão de 1,5% para 2,1%. Oliveira analisou a recente decisão de Donald Trump de suspender tarifas por 90 dias, considerando que isso reflete a instabilidade econômica nos EUA. Ele observou que a pressão sobre os ativos americanos levou a um aumento no prêmio de risco dos títulos do Tesouro. A economia dos EUA deve crescer apenas 1% e 0,7% nos próximos dois anos, abaixo da tendência de médio prazo de 2%. Em contraste, a China deve sofrer um impacto menor com as tarifas, evidenciando um descolamento econômico entre os dois países.
Cristiano Oliveira, diretor de pesquisa econômica do Banco Pine (Foto: Ana Paula Paiva/Ana Paula Paiva)
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O Brasil, segundo Cristiano Oliveira, diretor de pesquisa econômica do banco Pine, é menos impactado pela guerra comercial entre os Estados Unidos e a China em comparação com países vizinhos. A projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2023 foi elevada de 1,9% para 2,1%, impulsionada pela agricultura e pela absorção doméstica.
Oliveira destacou que o Brasil pode se beneficiar da guerra comercial, com um aumento de 0,1 ponto percentual no PIB. Os setores mais favorecidos incluem vestuário (15%), eletrônicos (5,4%) e produtos de madeira (4%). O país possui condições climáticas favoráveis e terras disponíveis para atender à demanda de alimentos do Sudeste Asiático.
A agricultura deve crescer 8,5% em 2023, com um aumento na área plantada e na produtividade, exceto no Rio Grande do Sul. A absorção doméstica também deve ser mais forte, com uma revisão de 1,5% para 2,1%. Oliveira mencionou que iniciativas fiscais do governo podem contribuir para um crescimento maior do consumo.
Em relação à política tarifária de Donald Trump, Oliveira afirmou que o presidente dos EUA "piscou primeiro" ao interromper tarifas, devido à pressão sobre ativos domésticos. Ele observou que a economia americana pode crescer apenas 1% e 0,7% nos próximos anos, enquanto a economia chinesa deve sofrer um impacto menor com as tarifas.
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