Economia

Inflação de itens turísticos em Belém preocupa moradores a seis meses da COP30

A inflação em Belém dispara com a proximidade da COP30, afetando aluguéis e alimentos, gerando descontentamento entre moradores.

Feira do peixe durante a madrugada ao redor do Mercado Ver-o-Peso, em Belém (Foto: Lalo de Almeida - 6.jul.23/Folhapress)

Feira do peixe durante a madrugada ao redor do Mercado Ver-o-Peso, em Belém (Foto: Lalo de Almeida - 6.jul.23/Folhapress)

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Belém enfrenta inflação elevada a seis meses da COP30

Belém se prepara para a COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, marcada para novembro. A cidade já lida com desafios econômicos, como inflação e aumento de preços, que têm gerado descontentamento entre os moradores.

Recentemente, moradores relataram aumentos significativos nos preços de aluguéis, alimentos e materiais de construção. Especialistas apontam que a inflação de itens turísticos em Belém supera a média nacional, o que levanta preocupações sobre o impacto do evento na vida local.

A assistente social Miseleine Guimarães, 43, mencionou que aluguéis de kitnets passaram de R$ 800,00 para R$ 1.500,00. Ela afirma: “A única coisa que a COP30 vai trazer é aumento de preço para a população.” O vendedor Antônio Marques, 54, também relatou reajustes de até 7,5% em seu aluguel, destacando que o evento não trará melhorias para os moradores.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, embora a inflação geral em Belém seja de 4,81%, itens relacionados ao turismo, como hospedagem, subiram 17,37%. O aluguel residencial teve um aumento de 8,43%, enquanto a média nacional foi de 4,87%.

Aumento na demanda por hospedagem

A expectativa é que a COP30 atraia até 50 mil visitantes, mas a cidade não possui leitos suficientes. Moradores estão reformando suas casas para atender à demanda, mas enfrentam aumento nos preços dos materiais de construção. Ana Maria Cardoso de Sousa, 61, relatou que o preço do tijolo subiu de R$ 600,00 para R$ 850,00 em menos de um ano.

Além disso, a inflação também afeta os alimentos típicos. O pote de açaí, que custava R$ 12,00, agora chega a R$ 60,00. A castanha-do-pará, antes a R$ 60,00 o quilo, agora custa R$ 130,00. Miseleine observa que “alimentação é o que mais vai subir”, refletindo a pressão do turismo sobre os preços.

Os moradores de Belém estão divididos sobre os efeitos da COP30. Enquanto alguns veem oportunidades de lucro, outros temem que o evento apenas agrave a situação econômica local.

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