09 de mai 2025
Brasil avança no IDH e melhora renda, mas desigualdade ainda persiste em 2024
Brasil avança no Índice de Desenvolvimento Humano e reduz desigualdade, impulsionado por melhorias no mercado de trabalho e reformulação do Bolsa Família.
Moradora da Favela Sol Nascente (DF): desigualdade recuou no país (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)
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O Brasil registrou avanços significativos no combate à desigualdade, conforme dados recentes do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O país subiu cinco posições no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), alcançando a 84ª colocação com um índice de 0,786. Em 2024, a renda domiciliar per capita e a desigualdade atingiram os melhores níveis em 12 anos.
A recuperação do mercado de trabalho e a reformulação do Bolsa Família contribuíram para esses resultados. O desemprego caiu para 7%, o menor patamar desde 2012. O novo Bolsa Família, que prioriza famílias vulneráveis, aumentou a eficiência das transferências de renda. Em 2023, 20,1 milhões de brasileiros recebiam benefícios sociais, um aumento em relação aos 18,6 milhões do ano anterior.
Dados Relevantes
O aumento da renda domiciliar per capita foi de 5,4% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 2.020 por membro da família. A desigualdade também diminuiu, com o 1% mais rico ganhando 36,2 vezes a renda dos 40% mais pobres, uma melhora em relação à proporção de 48,9 em 2019. O economista Marcos Hecksher, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), destacou que a melhora no mercado de trabalho e a focalização do Bolsa Família foram cruciais para esses avanços.
Apesar dos progressos, a educação estagnou, o que é considerado uma preocupação. A esperança de vida dos brasileiros aumentou para quase 76 anos, após uma queda significativa durante a pandemia de Covid-19. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita também cresceu, passando de US$ 16.609 em 2020 para US$ 18 mil.
Contexto Global
Enquanto o Brasil avança, o IDH global registrou o menor crescimento em 35 anos, com um índice de 0,756. A ONU alertou sobre o risco de não alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030. O contraste entre as condições de vida no Brasil e em outros países é evidente, com a Islândia liderando o ranking com 0,972 e o Sudão do Sul na última posição com 0,388.
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