Economia

São Paulo registra queda de 28,5% nos nascimentos em 40 anos e enfrenta desafios econômicos

Queda na natalidade em São Paulo gera desafios econômicos e pressiona sistemas previdenciários e de saúde, exigindo novas políticas públicas.

Mãe segura bebê (Foto: Unsplash)

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O Estado de São Paulo registrou uma queda significativa na taxa de natalidade, com menos de 500 mil nascimentos em 2024. Essa redução, que representa uma diminuição de 28,5% em relação aos últimos 40 anos, reflete uma tendência global de envelhecimento populacional. Os dados são dos Cartórios de Registro Civil, compilados pela Fundação Seade.

Desde 2000, a taxa de natalidade caiu 32,7%, com uma acentuação a partir de 2018, especialmente durante a pandemia de Covid-19. A mudança no perfil materno é notável: em 2000, 73% das mães tinham até 29 anos, enquanto em 2024 esse número caiu para 55%. Em contrapartida, o percentual de mães entre 35 e 39 anos aumentou de 7,6% para 16,3%.

Implicações Econômicas

A diminuição dos nascimentos traz desafios econômicos. O envelhecimento da população e a redução de jovens na força de trabalho podem resultar em escassez de mão de obra em setores específicos, pressionando os salários para cima. A Fundação Seade alerta que será necessário aumentar investimentos em automação para compensar a falta de trabalhadores jovens.

Além disso, a relação entre a população economicamente ativa e os dependentes, como os idosos, deve se desbalancear. Projeções indicam que essa razão pode passar de 47,1% em 2010 para 67,2% em 2060, aumentando a pressão sobre os sistemas previdenciário e de saúde.

Desafios para Políticas Públicas

A queda na natalidade exige uma reavaliação das políticas públicas. Especialistas afirmam que será necessário investir em infraestrutura de saúde voltada para a terceira idade e adaptar o mercado de trabalho para acolher trabalhadores mais velhos. O sistema previdenciário também precisará de reformas para garantir sua sustentabilidade.

O fenômeno demográfico observado em São Paulo é um reflexo de uma tendência global. A expectativa de vida aumentou em média sete anos desde 1997, chegando a 73 anos em 2023. Sem reformas significativas, os sistemas previdenciários podem se tornar insustentáveis, com a relação de 6,5 trabalhadores por aposentado prevista para cair para 2,8 até 2050.

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