15 de mai 2025
Varejo brasileiro cresce 0,8% em março e atinge novo recorde histórico
Vendas no varejo brasileiro cresceram 0,8% em março, mas sinais de desaceleração no consumo começam a aparecer.
Consumidores em supermercado no Rio de Janeiro (Foto: REUTERS/Sergio Moraes)
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As vendas no varejo brasileiro cresceram 0,8% em março, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o terceiro mês consecutivo de alta, com o varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, apresentando um aumento de 1,9%. O crescimento é atribuído à renda recorde e à baixa taxa de desemprego, mesmo em um cenário de política monetária contracionista.
Os produtos farmacêuticos e livros se destacaram, com o segmento de livros registrando um crescimento de 28,2%. Apesar do resultado positivo, analistas apontam sinais de desaceleração no consumo, especialmente em comparação com março de 2024, quando houve uma queda de 15% no volume de vendas. O economista da XP destaca que, embora a resiliência do consumo das famílias se mantenha, uma desaceleração gradual nos gastos é esperada ao longo do ano.
Setores em Alta
O Goldman Sachs informou que oito dos dez principais setores de vendas no varejo apresentaram crescimento em março. As categorias de alimentos e bebidas, vestuário e produtos farmacêuticos foram as mais impactadas. No entanto, houve queda nas vendas de móveis e eletrodomésticos, além de combustíveis e lubrificantes, que caíram 0,4% e 2,1%, respectivamente.
O economista sênior do Inter, André Valério, considera o resultado robusto, com melhora nos índices sensíveis à renda e ao crédito. A expectativa é que a massa salarial real aumente cerca de 4% em 2025, o que deve sustentar a demanda interna. A recuperação econômica é reforçada por um mercado de trabalho sólido e estímulos ao consumo.
Perspectivas Futuras
Embora o índice de atividade tenha alcançado um novo recorde, a expectativa é de que o ritmo de expansão desacelere devido à redução dos estímulos fiscais e ao impacto da inflação. O economista Igor Cadilhac, do PicPay, acredita que a desaceleração será moderada, sustentada por um mercado de trabalho aquecido e aumento da massa salarial.
A XP mantém a projeção de crescimento do PIB para o primeiro trimestre de 2025 em 1,5% em relação ao trimestre anterior e 3% em relação ao ano anterior. Para todo o ano de 2025, a expectativa é de crescimento de 2,3%.
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