Economia

Déficit comercial da indústria de transformação cresce com queda nas exportações tecnológicas

Déficit comercial da indústria de transformação no Brasil atinge US$ 19,178 bilhões, com queda nas exportações de alta tecnologia e aumento de insumos importados.

Indústria automobilística: fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, SP (Foto: Dado Galdieri / Bloomberg)

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O déficit comercial da indústria de transformação no Brasil subiu para US$ 19,178 bilhões no início de 2024, após quatro anos de queda. O aumento é atribuído à perda de competitividade em produtos de alta tecnologia e à crescente dependência de insumos importados, agravada pela crise global e pela estratégia comercial da China.

De acordo com o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), o déficit comercial passou de US$ 12,9 bilhões no primeiro trimestre de 2024. Os produtos de média e alta tecnologia foram os mais afetados, enquanto os de baixa tecnologia, ligados ao agronegócio, mantiveram-se em alta. A participação dos itens tecnológicos nas exportações caiu de 33% em 2005 para apenas 14% no ano passado.

Rafael Cagnin, economista do Iedi, destaca que a situação reflete a falta de dinamismo interno e a necessidade de modernização tecnológica. Ele alerta que a nova rodada de inovação, impulsionada pela inteligência artificial, pode aprofundar ainda mais o déficit. "Nos produtos eletrônicos, já temos uma penetração de insumos importados relevante," afirma Cagnin.

A crise financeira global de 2008 e 2009 também redirecionou os fluxos comerciais, tornando a balança comercial da indústria de transformação sistematicamente deficitária. A estratégia da China de diversificar mercados, especialmente na América do Sul, tem impactado a indústria brasileira, que perdeu espaço para produtos chineses. Recentemente, Estados Unidos e China reduziram tarifas em mais de 100% por um período de 90 dias, aliviando a pressão no comércio entre as duas potências.

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