Economia

Brasil deve buscar equilíbrio na relação comercial com a China

Brasil é o maior parceiro comercial da China, com 40% do superávit proveniente de produtos primários. Especialistas defendem diversificação das exportações, focando em produtos manufaturados. A pauta de exportação brasileira é desequilibrada, com predominância de commodities. Comparação com os Estados Unidos mostra superávit em setores de alta tecnologia, como aeronáutica. A China evoluiu sua pauta exportadora; Brasil deve adotar políticas para melhorar competitividade.

Lula e o presidente da China, Xi Jinping (Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo/20-11-2024)

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O Brasil enfrenta um desequilíbrio significativo em seu relacionamento comercial com a China, seu maior parceiro, que representa cerca de 40% do superávit na balança comercial. A crítica se concentra na dependência do país em exportar produtos primários, como soja e minério de ferro, enquanto importa manufaturados, como carros elétricos e chips. Essa situação exige uma mudança na qualidade da pauta de exportações, que atualmente é vulnerável a oscilações de preço.

Os dados mostram que, enquanto o Brasil exporta principalmente commodities, os produtos importados da China são de maior valor agregado e tecnologia. Em contraste, com os Estados Unidos, o Brasil apresenta uma pauta mais equilibrada, com exportações de US$ 2,4 bilhões em aeronáutica, resultando em um superávit de US$ 900 milhões nesse setor. Essa diferença destaca a necessidade de o Brasil integrar-se mais às cadeias globais de suprimento, especialmente em indústrias de alta tecnologia.

O Conselho Empresarial Brasil-China aponta que a China tem evoluído sua pauta de exportações, aumentando o conteúdo tecnológico de seus produtos. Para o Brasil, isso significa que é essencial adotar políticas que melhorem a qualidade das exportações, similar ao que foi feito com o agronegócio, que já se adaptou à competição internacional. O desafio é claro: o país deve deixar de lado o protecionismo e as barreiras tarifárias que não têm se mostrado eficazes.

A transformação da pauta de exportações é vital para garantir um futuro mais sustentável e competitivo para a indústria brasileira. Para isso, é necessário um esforço conjunto que permita ao Brasil não apenas manter sua posição no comércio internacional, mas também elevar a qualidade e a tecnologia de seus produtos, garantindo um relacionamento mais equilibrado com a China e outros parceiros comerciais.

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