18 de jun 2025




Copom enfrenta incertezas na Selic e analistas avaliam possíveis cenários econômicos
Banco Central do Brasil decide sobre a taxa Selic em meio a dados econômicos contraditórios e pressões inflacionárias persistentes.
Foto: Reprodução
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O Banco Central do Brasil (BC) enfrenta uma decisão crucial sobre a taxa Selic nesta quarta-feira, 18, em meio a dados econômicos contraditórios. O Comitê de Política Monetária (Copom) pode optar por manter a taxa em 14,75% ou elevá-la em 0,25 ponto percentual.
Tiago Sbardelotto, economista da XP, destacou que a decisão é complexa. Ele mencionou que a ata da última reunião do Copom indicou que os próximos passos dependeriam de novos dados econômicos. Desde então, surgiram informações com mensagens ambíguas, refletindo uma atividade econômica robusta, especialmente no mercado de trabalho e no setor de serviços.
Por outro lado, Sbardelotto observou uma inflação desancorada, com expectativas superando a meta estabelecida. Apesar de dados recentes de inflação mais positivos, impulsionados pela valorização do real, a pressão inflacionária ainda é uma preocupação. O dólar, que caiu de R$ 6 para cerca de R$ 5,50, contribuiu para um cenário inflacionário mais favorável no curto prazo.
Indefinições e Expectativas
A comunicação do BC também gera incertezas. As declarações do presidente Gabriel Galípolo e de outros diretores não esclarecem se a Selic será mantida ou elevada. Sbardelotto acredita que, considerando os efeitos defasados da política monetária, a manutenção da taxa em 14,75% seria a decisão mais prudente, embora não descarte a possibilidade de um aumento.
O cenário fiscal expansionista e a inflação persistente são desafios adicionais. O economista prevê que a Selic deve permanecer em 14,75% ou 15% até o primeiro trimestre de 2026, com cortes apenas a partir do segundo semestre de 2024. A expectativa é que a decisão do Copom influencie não apenas a Selic, mas também a curva de juros, refletindo a complexidade do atual ambiente econômico.
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