19 de jun 2025

Agronegócio impulsiona crescimento econômico e enfrenta desafios do setor
O Paraná investirá R$ 1 bilhão em créditos de ICMS para impulsionar o agronegócio em meio ao crescimento do IBC Br de 1,3% no primeiro trimestre de 2025.

Agronegócio sustenta o PIB do Brasil (Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo)
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A economia brasileira continua a mostrar resiliência, com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrando um crescimento de 1,3% no primeiro trimestre de 2025. Esse avanço ocorre em um contexto de juros elevados, com a Selic a 15%, e é impulsionado principalmente pelo agronegócio.
O setor agropecuário, que já foi crucial para o crescimento do PIB em 2023, volta a ser o protagonista. A expectativa é que a safra de 2025 alcance 332 milhões de toneladas, superando o recorde anterior de 315 milhões. O Paraná, um dos principais estados produtores, deve colher 45 milhões de toneladas, aproximando-se de seu próprio recorde histórico.
Investimentos no Agronegócio
Para fortalecer ainda mais o agronegócio, o Paraná destinará R$ 1 bilhão em créditos de ICMS a empresas e cooperativas agrícolas. Essa iniciativa, parte do programa Paraná FIDC, visa injetar recursos na cadeia produtiva e funcionará como um “Plano Safra estadual”. Os créditos estarão disponíveis a partir de janeiro de 2026.
Além do agronegócio, a indústria também contribuiu para o crescimento, com um avanço de 1,6% no primeiro trimestre de 2025. O setor de serviços, por outro lado, apresentou um desempenho mais modesto, com crescimento de apenas 0,3%.
Mercado de Trabalho e Desafios Econômicos
O mercado de trabalho no Brasil tem mostrado dinamismo, com taxas de desemprego em níveis historicamente baixos e a massa salarial atingindo recordes. Isso reflete um aumento no poder de compra e no consumo, tanto em nível nacional quanto no Paraná.
Entretanto, a economia enfrenta desafios com a taxa Selic elevada, que limita a capacidade do Banco Central de reduzir juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) expressa preocupação com a disciplina fiscal, especialmente diante da previsão de déficits primários contínuos, estimados em R$ 64 bilhões para 2025. A sustentabilidade do crescimento econômico dependerá da capacidade do governo em demonstrar maior disciplina fiscal, criando um ambiente mais favorável a investimentos.
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