23 de jun 2025
Gasto com BPC pode ultrapassar R$ 1,4 trilhão até 2060, alerta governo
Gastos com o Benefício de Prestação Continuada devem atingir R$ 1,48 trilhões até 2060, refletindo o aumento de beneficiários idosos e com deficiência.

Agência do INSS na Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio (Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo/30-03-2022)
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O Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a idosos de baixa renda e pessoas com deficiência, deve ter um aumento significativo nos gastos, que podem chegar a R$ 1,48 trilhões até 2060. Atualmente, mais de 6,7 milhões de brasileiros recebem o auxílio, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS).
As projeções indicam que, em 2026, os gastos com o BPC devem totalizar R$ 133 bilhões, sendo R$ 54,7 bilhões para idosos e R$ 78,6 bilhões para pessoas com deficiência. Em 2060, esses valores devem subir para R$ 830,3 bilhões e R$ 655,7 bilhões, respectivamente. O número de beneficiários idosos deve quase triplicar, passando de 2,7 milhões para 7,9 milhões, enquanto o de pessoas com deficiência deve aumentar para 6,2 milhões.
Fatores de Aumento
O crescimento no número de beneficiários e nos gastos reflete o envelhecimento da população e a persistência de fatores de vulnerabilidade social, como a informalidade no mercado de trabalho e a pobreza extrema. O MDS ressalta que as projeções são baseadas em parâmetros demográficos e macroeconômicos, permitindo uma avaliação mais precisa das variações a longo prazo.
O BPC é um benefício assistencial, financiado integralmente pelo Tesouro Nacional e classificado como despesa obrigatória. O valor do benefício, atrelado ao salário mínimo, aumenta o impacto fiscal em períodos de reajuste real. Em 2024, o Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou ao governo que realizasse projeções de longo prazo sobre o BPC para um melhor planejamento orçamentário.
Implicações Fiscais
O aumento dos gastos com o BPC tem superado o crescimento dos benefícios previdenciários, que exigem contribuições prévias. A situação alerta para o peso crescente do BPC nas contas públicas, exigindo atenção do governo para garantir a sustentabilidade do programa.


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