30 de jun 2025

Armínio Fraga critica falta de compromisso com o equilíbrio fiscal no Brasil
Armínio Fraga alerta que a falta de responsabilidade fiscal e a ampliação do Legislativo comprometem a economia brasileira.

Para Fraga, o ideal seria o Executivo liderar, mas isso não dá licença ao Legislativo para ignorar os impactos das próprias decisões. (Foto: Taba Benedicto/ Estadão)
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Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central e economista de renome, critica a falta de responsabilidade fiscal no Brasil. Em suas declarações, Fraga destaca que o equilíbrio nas contas públicas é essencial e que tanto o Executivo quanto o Legislativo devem assumir suas responsabilidades.
O economista aponta que o Legislativo ignora as consequências de suas decisões, como a recente ampliação do número de deputados federais, que considera "inconveniente e desnecessária" em um momento econômico delicado. Para Fraga, essa atitude reflete um descaso generalizado com as contas públicas, onde "todos são responsáveis, mas agem como se ninguém fosse".
Críticas ao Arcabouço Fiscal
Fraga também critica a nova estrutura fiscal, que não tem gerado resultados significativos. Ele menciona o decreto do IOF como um exemplo de "ações pequenas e ruins", elogiando o Congresso por ter derrubado a medida. O ex-presidente do BC afirma que o cenário só melhorará quando os gastos públicos forem incluídos no debate fiscal. "Existem distorções tributárias que precisam ser enfrentadas, mas os gastos têm de entrar na equação", ressalta.
O economista expressa pessimismo em relação ao arcabouço fiscal atual, que, segundo ele, "perdeu importância" e não conseguiu gerar efeitos reais, como a redução das taxas de juros. Fraga observa que as novas regras, que substituíram o Teto de Gastos, nasceram tímidas e não estão sendo cumpridas. "Às vezes, as medidas são apenas contábeis", critica.
Necessidade de Ação
Fraga conclui que, sem uma abordagem mais robusta e responsável em relação aos gastos públicos, a incerteza econômica persistirá, afastando investimentos. Ele enfatiza que, embora as novas medidas possam ser "melhores do que nada", estão longe de serem uma resposta adequada para os desafios fiscais do Brasil.
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