Taxas do Tesouro Direto caem com alívio no cenário externo e dados do Caged

As taxas dos títulos públicos de longo prazo no Brasil apresentaram uma nova queda nesta segunda-feira, 30 de outubro. O Tesouro IPCA+ 2050 agora oferece 6,78% ao ano, enquanto o Tesouro Prefixado 2032 caiu para 13,38%. Esse movimento ocorre em meio a um recuo do dólar, que atingiu R$ 5,43, e a uma diminuição nos rendimentos dos Treasuries.

Dados recentes do mercado de trabalho indicam que o número de vagas formais criadas em maio foi de 148.992, abaixo das expectativas do mercado. Essa informação reforça a percepção de uma moderação na atividade econômica, contribuindo para a redução das projeções de pressão inflacionária. Com isso, os prêmios dos juros futuros tendem a se aliviar, especialmente nos prazos mais longos.

Tensão Fiscal

Apesar da queda nas taxas, a tensão fiscal continua a preocupar os investidores. O PSOL protocolou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a anulação da derrubada do pacote do IOF pelo Congresso. O governo também considera recorrer à Corte, o que pode intensificar o embate entre o Executivo e o Legislativo. José Faria Júnior, sócio da Wagner Investimentos, destacou que essa situação pode "esgarçar ainda mais a relação entre governo e Congresso".

Os investidores permanecem atentos aos desdobramentos dessa disputa, que mantém o risco fiscal como um fator relevante para os ativos locais. As taxas curtas, por sua vez, operam próximas da estabilidade, enquanto o mercado aguarda novos sinais sobre a direção da política econômica.