02 de jul 2025


Setores industriais sofrem com juros altos e registram queda na produção
Produção industrial brasileira cai 0,5% em maio, com 13 setores em retração e projeções de crescimento reduzido para 2025.

Detalhe de indústria do Distrito Federal (Foto: Divulgação/CNI)
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A produção industrial brasileira registrou uma queda de 0,5% em maio, refletindo os efeitos da alta dos juros promovida pelo Banco Central. Apesar do crescimento de 3,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior, especialistas alertam para uma desaceleração gradual da atividade econômica.
A análise do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que 13 dos 25 setores pesquisados apresentaram retração. Os bens de consumo duráveis e de capital foram os mais afetados, com quedas de 2,9% e 2,1%, respectivamente. Os setores de veículos automotores e móveis destacaram-se com recuos de 3,9% e 2,6%.
Expectativas Econômicas
Economistas como Luis Otávio Leal, da G5 Partners, indicam que a tendência de desaceleração pode se intensificar. Ele projeta uma variação próxima de 0% no PIB industrial para o segundo trimestre. A expectativa é que a indústria extrativa ganhe mais relevância em 2025, enquanto a indústria de transformação deve sentir mais os efeitos da política monetária contracionista.
A queda na produção de insumos da construção civil, que recuou 1,2%, também contribui para a deterioração das expectativas. Claudia Moreno, economista do C6 Bank, destaca que a retração reforça a perspectiva de um desempenho mais fraco da indústria ao longo de 2025.
Dados Positivos
Apesar da queda mensal, o setor industrial ainda apresenta resultados positivos no acumulado do ano, com um crescimento de 1,8%. O setor de veículos, máquinas e equipamentos, além da indústria química, continuam a mostrar desempenho favorável. A produção de petróleo, por exemplo, teve um aumento de 10,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
As projeções para 2025 variam entre 1,2% e 2% de crescimento, conforme análises de diferentes economistas. A balança comercial sólida e políticas de estímulo podem ajudar a mitigar os impactos negativos da desaceleração econômica.
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