Mercados reagem a tarifas de Trump e PIB do Reino Unido em nova volatilidade

Os mercados brasileiros devem abrir esta sexta-feira, 11, com um clima mais tranquilo após a resposta moderada do governo à tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que não retaliará imediatamente, priorizando negociações diplomáticas. Em entrevista ao Jornal Nacional, Lula afirmou que poderá recorrer à Lei de Reciprocidade se as conversas não avançarem.

A cautela é uma preocupação entre os setores do agronegócio, que temem perdas maiores. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considera alternativas, incluindo retaliações não tarifárias, como a quebra de patentes. No Congresso, líderes sugerem o uso da Lei de Reciprocidade, enquanto aliados de Jair Bolsonaro pressionam por uma intercessão do ex-presidente junto a Donald Trump.

Cenário Internacional

No cenário internacional, a escalada tarifária promovida por Trump continua a impactar os mercados. Após a imposição de tarifas ao Canadá, a União Europeia deve receber novas propostas tarifárias. A expectativa é que o tom dessas medidas influencie o comportamento dos mercados nos próximos dias.

Dados econômicos também afetam o clima. O PIB do Reino Unido encolheu 0,1% em maio, contrariando expectativas de crescimento. Nos Estados Unidos, o relatório mensal do Tesouro, a ser divulgado às 15h (horário de Brasília), pode oferecer insights sobre as contas públicas e o impacto das políticas fiscais recentes.

Expectativas no Brasil

No Brasil, a Pesquisa Mensal de Serviços de maio, prevista para ser divulgada às 9h, deve mostrar um avanço de 0,2%. Além disso, a Agência Internacional de Energia publicará seu relatório mensal sobre petróleo. Os índices asiáticos encerraram o pregão de forma mista, refletindo a cautela dos investidores diante das novas tarifas.

Na Europa, os mercados operam em baixa, com o índice Stoxx 600 recuando 0,96%. Nos Estados Unidos, os índices futuros também estão no vermelho, após um rali recente das big techs. Apesar das incertezas no comércio exterior, os investidores mantêm o apetite por risco, impulsionados por ganhos significativos em ações de tecnologia.