Mercado de tecnologia valoriza habilidades práticas em vez de diplomas tradicionais

O mercado de tecnologia está passando por uma transformação significativa, onde a formação acadêmica, embora ainda relevante, não é mais o único critério para contratação. Em 2024, 54% dos brasileiros afirmaram ter utilizado ferramentas de Inteligência Artificial (IA) generativa, superando a média global de 48%. Essa mudança reflete uma nova abordagem das empresas, que agora priorizam a capacidade de resolver problemas práticos.

Leonardo Matsumota, da Amazon Web Services (AWS), destacou que as empresas buscam profissionais que entreguem resultados, independentemente de terem diploma. Veridiana Bicalho, da XP Educação, complementou que a educação prática e a experiência são mais valorizadas do que a reputação da instituição de ensino. “Olhemos para portfólio e projetos, isso pesa de verdade”, afirmou.

Habilidades Interpessoais em Alta

As soft skills, ou habilidades interpessoais, estão se tornando essenciais no setor tecnológico. Fernanda Campos, da XP Educação, ressaltou que um desenvolvedor deve ter habilidades de comunicação e trabalho em equipe para prosperar em projetos complexos. “Buscamos profissionais completos, com repertório técnico e emocional”, disse.

A necessidade de aprendizado contínuo também foi enfatizada. Matsumota alertou que quem deseja crescer na área de tecnologia deve estar sempre atualizado, pois a inovação é constante. “Quem não acompanha fica para trás”, afirmou.

Desafios e Oportunidades

Apesar da flexibilidade em relação a diplomas, o mercado de tecnologia apresenta novos desafios. Veridiana destacou que não se pode esperar que o conhecimento venha apenas de cursos tradicionais. “É preciso correr atrás, seja fazendo cursos livres ou explorando comunidades”, comentou.

A mensagem é clara: o diploma pode abrir portas, mas as habilidades práticas e a mentalidade de crescimento são fundamentais para a evolução profissional no setor.