Bitcoin inicia a semana em queda, atingindo US$ 90.000 com aversão a riscos no mercado

O preço do Bitcoin iniciou a semana em queda, atingindo a marca de US$ 90.413,80, uma desvalorização de 4% em relação ao final de semana e acumulando perdas de 7% desde sábado. O desempenho negativo da criptomoeda é reflexo de um ambiente de aversão a riscos, exacerbado por dados econômicos que indicam uma política monetária mais restritiva do Federal Reserve (Fed) para 2025. O Ethereum também enfrentou perdas, caindo 7,62%, enquanto o índice CoinDesk 20 registrou uma queda superior a 6%.

As quedas no mercado de criptomoedas foram impulsionadas por números de emprego mais robustos nos Estados Unidos, que elevaram os rendimentos dos títulos e fortaleceram o dólar, pressionando ativos de risco como o Bitcoin. A expectativa em torno da administração do presidente eleito Donald Trump e suas políticas tarifárias também contribuiu para a incerteza no mercado. Apesar das recentes desvalorizações, a MicroStrategy, maior detentora corporativa de Bitcoin, adquiriu US$ 243 milhões em novas criptomoedas, pagando um preço médio de US$ 95.972.

Analistas, como Ana de Mattos da Ripio, alertam que, se a tendência de queda continuar, o Bitcoin pode buscar suporte em US$ 87.500, um nível considerado crítico. Para o Ethereum, a análise sugere que o preço pode buscar liquidez nas faixas de US$ 3.080 e US$ 2.980, uma vez que está rompendo uma região importante. O mercado, que havia começado o ano com otimismo, agora enfrenta um cenário mais desafiador.

Em uma movimentação significativa no setor, a Tether Holdings, emissora de stablecoins, anunciou a transferência de sua entidade corporativa e subsidiárias para El Salvador, após obter licença para operar como provedora de serviços de ativos digitais no país. Essa mudança marca um passo importante para a empresa, que anteriormente estava registrada nas Ilhas Virgens Britânicas.