Governo deve divulgar medidas para proteger consumidores do aumento de tarifas

O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está prestes a anunciar um plano de contingência para enfrentar o aumento de tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida, que entrou em vigor na última quarta-feira, afeta 35,9% das exportações do Brasil para os EUA, abrangendo cerca de 700 produtos.

Entre as ações que devem ser reveladas, estão linhas de crédito emergenciais, compras governamentais de produtos perecíveis e programas de proteção ao emprego. As equipes dos ministérios da Fazenda, Casa Civil e Indústria e Comércio estão finalizando os detalhes do pacote, que deve ser apresentado nos próximos dias.

Medidas de Apoio

As linhas de crédito emergenciais visam garantir liquidez a empresas afetadas pela sobretaxa, com suporte do BNDES e de bancos públicos. Além disso, o governo considera o adiamento de tributos por até dois meses, uma estratégia já utilizada durante a pandemia. As compras governamentais de produtos que não conseguirão ser exportados também estão no radar, priorizando alimentos como frutas e pescados.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente Geraldo Alckmin destacaram a importância de preservar empregos nos setores mais impactados. O governo está avaliando a implementação de um Programa de Proteção ao Emprego, que pode incluir a redução de jornada e salário, com compensação através do Fundo de Amparo ao Trabalhador.

Impacto Econômico

A sobretaxa dos EUA, que se soma a tarifas anteriores, representa um desafio significativo para a economia brasileira. Analistas projetam que a medida pode resultar em uma queda de 0,13% a 0,6% no PIB em 2025 e a perda de até 146 mil postos de trabalho. O governo busca evitar um colapso econômico, enquanto se adapta a um cenário de crescente proteção comercial.

O pacote de medidas está sendo elaborado com a urgência necessária para mitigar os efeitos da tarifa, garantindo que os setores mais vulneráveis possam se reerguer. A expectativa é que o anúncio oficial ocorra em breve, com o objetivo de proteger a economia brasileira em um momento crítico.