Pacote econômico traz alívio temporário, mas aumenta risco fiscal e de juros
Governo busca mitigar impactos das tarifas dos EUA com pacote de R$ 30 bilhões e medidas para preservar empregos em setores afetados

nossa soberania é inegociável (Foto: EVARISTO SA/AFP e Kevin Dietsch/Getty/VEJA)
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O governo brasileiro anunciou, nesta quarta-feira, 13, o pacote de medidas denominado "Brasil Soberano", que visa apoiar setores impactados pelas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos. O pacote inclui uma linha de crédito de R$ 30 bilhões, a prorrogação do programa Reintegra até 2026 e a suspensão do pagamento de tributos no regime especial de drawback por um ano.
Além disso, o governo destinará R$ 4,5 bilhões para fundos garantidores e realizará compras públicas de produtos perecíveis afetados pelas sobretaxas. A iniciativa busca mitigar os efeitos econômicos adversos e preservar empregos em um contexto fiscal já fragilizado, com a dívida pública em torno de 76% a 77% do PIB.
Analistas expressam preocupações sobre o impacto fiscal das novas medidas. O economista André Valério, do Inter, observa que o pacote não trouxe grandes surpresas, mas alerta para o risco de que as medidas se tornem permanentes, afetando a política fiscal. Ele destaca que a criação de uma linha de crédito subsidiada pode comprometer os esforços de controle da inflação.
Por sua vez, Danilo Coelho, especialista em investimentos, acredita que a linha de crédito pode ajudar a manter a produção, mas ressalta que o pacote não é uma solução a longo prazo. Ele sugere que o governo deve redirecionar a produção para novas cadeias de distribuição, uma vez que a dependência do mercado americano pode limitar a efetividade das empresas.
O governo também planeja discutir medidas de reciprocidade em relação aos produtos dos EUA, o que pode abrir espaço para o Banco Central considerar cortes na taxa de juros, visando preservar a capacidade produtiva das empresas afetadas.
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