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12 de ago 2025

Inflação de julho registra 0,26% e surpreende com queda nas expectativas do mercado

Inflação desacelera em julho, mas tarifas de energia e passagens aéreas ainda pressionam o índice, exigindo atenção das autoridades monetárias

Cliente faz compra em supermercado de São Paulo (Foto: Adriano Vizoni - 24.set.24/Folhapress)

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A inflação no Brasil, medida pelo IPCA, apresentou uma alta de 0,26% em julho, abaixo das expectativas do mercado, que projetavam um aumento de até 0,36%. O resultado foi divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (12) e representa a menor variação para o mês desde 2023. A inflação acumulada em 12 meses desacelerou para 5,23%, ainda acima da meta de 3% estabelecida pelo Banco Central.

Os grupos que contribuíram para essa desaceleração foram Alimentação e Bebidas, que registraram uma queda de 0,27%, e Vestuário, com recuo de 0,54%. A redução nos preços de alimentos foi impulsionada pela maior oferta de produtos devido à entrada de novas safras. Em contrapartida, a energia elétrica exerceu pressão sobre o índice, com um aumento de 3,04%, especialmente em regiões como a metropolitana de São Paulo.

Pressões e Alívios

A alta nas tarifas de energia elétrica, que acumulou 10,18% de janeiro a julho, foi a principal responsável pela pressão sobre o IPCA. Além disso, as passagens aéreas também impactaram o índice, com um aumento de 19,92% em julho, impulsionado pela demanda durante o período de férias.

Por outro lado, a queda nos preços do café, que recuou 1,01%, foi a primeira após 18 meses de alta. O IBGE observou que a deflação em agosto pode ser influenciada por fatores como o bônus de Itaipu, mas a inflação de serviços ainda representa um desafio, exigindo cautela nas decisões de política monetária.

Expectativas Futuras

Economistas projetam que a Selic deve permanecer em 15% até o final do ano, com a expectativa de que a inflação converja para a meta. A mediana das estimativas do mercado financeiro para o IPCA de 2023 caiu para 5,05%, embora ainda esteja acima do teto da meta de 4,5%. A análise sugere um cenário misto, com alívios em alguns setores, mas persistentes pressões em outros, demandando atenção das autoridades monetárias.

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