EconomiaEducação

13 de ago 2025

Exportadores avaliam pacote como avanço, mas pedem mais para garantir empregos

Setores industriais criticam pacote de R$ 30 bilhões e pedem ações adicionais para proteger empregos e apoiar pequenos produtores

Setor calaçadista aguarda medidas para preservação do emprego (Foto: Marcos Nagelstein/ Estadão)

Setor calaçadista aguarda medidas para preservação do emprego (Foto: Marcos Nagelstein/ Estadão)

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Os setores industriais e de exportação do Brasil estão avaliando o pacote de R$ 30 bilhões anunciado pelo governo para mitigar os efeitos da sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos. Embora as medidas, que incluem a ampliação do Reintegra e crédito emergencial, sejam vistas como um avanço, as entidades do setor afirmam que são insuficientes para resolver problemas estruturais e garantir a preservação de empregos.

O plano, denominado Brasil Soberano, também prevê adiamento de impostos e aumento nas compras governamentais. No entanto, as federações de indústrias destacam a necessidade de negociações diplomáticas com os EUA e a abertura de novos mercados. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Haroldo Ferreira, afirmou que, apesar de algumas medidas atenderem às demandas do setor, ainda são necessárias ações adicionais para garantir empregos.

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) expressou preocupação com a manutenção de postos de trabalho, ressaltando que o pacote oferece apenas medidas mitigatórias. Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, destacou que a sobrevivência das empresas depende da recuperação do mercado. Ele enfatizou a urgência de acordos comerciais e a aplicação de medidas de defesa contra a concorrência desleal.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou as ações positivas, mas ressaltou a importância de continuar as negociações. A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) pediu agilidade na implementação das medidas, enquanto a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) se comprometeu a contribuir com propostas para fortalecer o setor produtivo.

No setor de fruticultura, a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) alertou que o pacote não atende adequadamente os pequenos produtores, que podem ficar desamparados. A entidade pediu a intensificação dos esforços diplomáticos para a retirada da sobretaxa, destacando que as medidas devem alcançar toda a cadeia produtiva.

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