Ações da Hapvida disparam após resultados positivos e projeções otimistas

As ações da Hapvida (HAPV3) apresentaram um aumento de 7,14% nesta quinta-feira, 14 de agosto, após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025. Os papéis estavam cotados a R$ 37,37, liderando as altas do Ibovespa. A empresa reportou um lucro líquido ajustado de R$ 148,9 milhões, uma queda de 69,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo um desempenho operacional mais fraco.

O Bradesco BBI avaliou que os resultados foram de mistos a levemente positivos, destacando a adição líquida de 57 mil vidas, em contraste com a perda de 70 mil no primeiro trimestre. O Ebitda ajustado foi de R$ 845 milhões, 2% abaixo do esperado, enquanto o resultado financeiro de R$ 345 milhões superou as expectativas em 3%.

Análise do Desempenho

A receita líquida cresceu 7,3% em relação ao ano anterior, embora a sinistralidade tenha aumentado 2,4 pontos percentuais em comparação ao trimestre anterior. A margem Ebitda ajustada caiu para 11%, uma redução de 2 pontos percentuais em relação ao ano anterior. O BBI destacou que a provisão para ressarcimento do SUS deve aumentar para 1,2 a 1,5% da receita, superando a projeção anterior de 1,1%.

A geração de caixa foi de R$ 148 milhões, impactada negativamente por um aumento de R$ 203 milhões nos depósitos judiciais do SUS, abaixo da expectativa de R$ 181 milhões. Os novos depósitos judiciais cíveis permaneceram estáveis em R$ 135 milhões.

Expectativas Futuras

Após a divulgação dos resultados, o Bradesco BBI manteve a recomendação de compra para HAPV3, citando o valuation atual das ações, que estão negociando a 8,6 vezes o múltiplo de preço sobre lucro para 2026. A XP Investimentos classificou os resultados como neutros, afetados por efeitos não recorrentes e dinâmicas complexas.

Durante a teleconferência, a Hapvida enfatizou suas expectativas de crescimento da base de beneficiários, impulsionadas pela melhoria na grade de produtos e no relacionamento com corretoras. O feedback do mercado foi positivo, abordando preocupações sobre o crescimento da base de beneficiários e o impacto de ações cíveis.