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14 de ago 2025

Queda nos preços dos alimentos reduz inflação entre os mais pobres, revela Ipea

Deflação de julho traz alívio para famílias de baixa renda, mas inflação em serviços pressiona renda alta e acentua desigualdade econômica

Cesta básica no supermercado Merko, na Tijuca. (Foto: Leo Martins / Agência O Globo)

Cesta básica no supermercado Merko, na Tijuca. (Foto: Leo Martins / Agência O Globo)

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A inflação continua a ser um tema central na economia brasileira, com impactos variados nas diferentes classes de renda. Em julho, o Índice Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou uma deflação de 0,69%, aliviando a pressão inflacionária, especialmente para as famílias de menor renda.

A queda nos preços dos alimentos foi o principal motor dessa deflação. Para as classes de renda baixa, a taxa de inflação se manteve estável, enquanto a renda alta enfrentou um aumento, impulsionado por passagens aéreas e serviços de recreação. O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda revelou que a inflação para a classe de renda muito baixa caiu de 0,20% em junho para 0,19% em julho. Em contrapartida, a renda alta viu sua inflação subir de 0,28% para 0,44% no mesmo período.

Impactos nos Preços

Embora os alimentos tenham apresentado uma queda significativa, com cereais e tubérculos caindo 17,1% e 19,5%, respectivamente, os aumentos em itens como carnes (23,4%), aves e ovos (10,5%), óleo de soja (19,5%) e café (70,5%) ainda pressionam as famílias de baixa renda. Além disso, os reajustes nas tarifas de energia elétrica (3,0%) e gás de botijão (5,6%) também impactaram negativamente o orçamento dessas famílias.

No acumulado de 12 meses, a desigualdade na inflação se torna evidente. A classe de renda alta apresenta a menor taxa de inflação, de 5,0%, enquanto a renda baixa enfrenta a maior, com 5,4%. Essa discrepância é reflexo das diferentes pressões inflacionárias que cada grupo enfrenta, com os mais pobres sendo mais afetados pelos aumentos nos preços dos alimentos e serviços essenciais.

Conclusão

As recentes mudanças nos índices de preços revelam um cenário complexo, onde as classes de renda baixa e média se beneficiaram da deflação nos alimentos, mas ainda enfrentam desafios significativos devido a aumentos em outros setores. Por outro lado, a classe de renda alta, embora tenha visto uma inflação menor, não escapou das pressões em serviços de transporte e lazer.

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