Bancos brasileiros: BB, Itaú, Santander e Bradesco destacam-se em dividendos
Resultados mistos dos bancos geram incertezas sobre a sustentabilidade dos dividendos em um cenário econômico desafiador

Fontes: Valor Investimentos, Aware Investments, RB Investimentos e relatório da Toro Investimentos. (Foto: Valor Investimentos, Aware Investments, RB Investimentos e relatório da Toro Investimentos.)
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Os quatro maiores bancos do Brasil, Banco do Brasil (BBAS3), Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11), divulgaram seus resultados do segundo trimestre de 2025. Juntos, eles reportaram um lucro total de R$ 25,15 bilhões, uma queda de 9,25% em relação ao mesmo período do ano anterior. Enquanto Santander e Bradesco apresentaram resultados positivos, BB e Itaú Unibanco tiveram desempenhos abaixo das expectativas.
Resultados do Santander e Bradesco
O Santander foi o primeiro a divulgar seus números, com um lucro líquido de R$ 3,659 bilhões, um aumento de 9,8% em relação ao ano passado, embora abaixo das previsões de R$ 3,73 bilhões. O especialista Virgílio Lage, da Valor Investimentos, projeta um dividend yield de 3,5% para os próximos seis meses, com um total anual estimado em 7%. No entanto, fatores como a alta da Selic e a desaceleração econômica podem impactar essa distribuição.
O Bradesco, por sua vez, reportou um lucro líquido recorrente de R$ 6,1 bilhões, um crescimento de 28,6% em relação ao ano anterior. O banco planeja distribuir entre R$ 12 bilhões e R$ 13 bilhões até o final de 2025, com um dividend yield projetado entre 7% e 9%. Arthur Barbosa, da Aware Investments, destaca que a metade do rendimento já foi paga no primeiro semestre.
Desempenho do Itaú Unibanco e Banco do Brasil
O Itaú Unibanco apresentou um lucro líquido de R$ 11,5 bilhões, um aumento de 14,3% em relação ao ano anterior, superando as expectativas do mercado. O banco anunciou o pagamento de R$ 0,3634 por ação em Juros sobre Capital Próprio, com um dividend yield estimado em 7,9% para o ano.
Por outro lado, o Banco do Brasil reportou um lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões, uma queda de 60% em relação ao ano anterior. A instituição revisou sua projeção de payout de 40%/45% para 30%, prevendo um total de dividendos entre R$ 2,9 bilhões e R$ 4,1 bilhões, resultando em um dividend yield entre 4,7% e 6,6% para o segundo semestre.
Os resultados mistos dos bancos levantam questões sobre a sustentabilidade de seus dividendos e a capacidade de enfrentar um cenário econômico desafiador.
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