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15 de ago 2025

Empresas europeias enfrentam dificuldades e ficam atrás das americanas no S&P 500

Empresas europeias enfrentam desafios de lucratividade e eficiência em meio à recuperação do mercado de ações e pressões econômicas

Estátuas que são símbolo do mercado de ações nos EUA: resiliência é colocada à prova em Wall Street - e continua a se provar - (Foto: Bloomberg/Bloomber/Bloomberg)

Estátuas que são símbolo do mercado de ações nos EUA: resiliência é colocada à prova em Wall Street - e continua a se provar - (Foto: Bloomberg/Bloomber/Bloomberg)

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As ações europeias tiveram um desempenho positivo no início de 2025, com o índice Stoxx 600 acumulando ganhos de 8%. Esse crescimento foi impulsionado pelo aumento dos gastos com defesa em resposta ao conflito Rússia-Ucrânia e incertezas comerciais nos Estados Unidos. No entanto, o S&P 500 recuperou a liderança, apresentando crescimento de 10%.

O Deutsche Bank Research Institute destacou que a diferença de lucratividade entre empresas europeias e do S&P 500 continua a ser um desafio. Os analistas Luke Templeman e Galina Pozdnyakova afirmaram que as empresas europeias são melhores em criar produtos do que em desenvolver modelos de negócios eficientes. Essa limitação estrutural impede que muitas delas atinjam os níveis de lucratividade de suas concorrentes americanas.

A diferença no retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) é significativa, com 19% para o S&P 500 e 13% para as empresas europeias. Essa disparidade persiste desde a crise financeira de 2008-2009 e não foi mitigada pela recuperação pós-pandemia. Os analistas apontam que a eficiência operacional, medida pelo giro de ativos, tem diminuído nas últimas duas décadas, um aspecto frequentemente negligenciado pelos gestores.

Desafios e Oportunidades

Os analistas do Deutsche Bank alertam que a era do "dinheiro fácil" chegou ao fim, e as empresas precisam encontrar novas formas de sustentar a lucratividade. A eficiência operacional se torna crucial em um ambiente de taxas de juros mais altas e pressões regulatórias. Eles sugerem que as empresas europeias devem se concentrar em melhorar o giro de ativos, uma estratégia que se mostrou eficaz desde 2019.

Além disso, o relatório menciona que muitas empresas europeias operam em setores tradicionais, onde o crescimento exige um gerenciamento intensivo de ativos. Para enfrentar essa realidade, recomenda-se a venda de divisões não estratégicas e a adoção de tecnologias digitais, uma área onde a Europa perdeu participação significativa nos últimos anos.

A gerência sênior também desempenha um papel vital. Os analistas ressaltam que a qualidade da gestão está diretamente relacionada ao aumento da produtividade e ao crescimento do valor agregado. Em um ano de bom desempenho para o mercado de ações europeu, a análise estrutural revela que a lacuna em relação ao S&P 500 permanece, exigindo adaptações significativas para que as empresas europeias possam competir de forma mais eficaz.

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