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15 de ago 2025

Marfrig registra crescimento no resultado impulsionado pela América do Sul

Marfrig e BRF se unem para formar a MBRF Global Foods Company, com potencial para listagem nos EUA e aumento de dividendos aos acionistas

Empresa enfrenta preços recordes do gado na América do Norte, enquanto a recomposição do rebanho nos EUA não acontece (Foto: Jonne Roriz/Bloomberg)

Empresa enfrenta preços recordes do gado na América do Norte, enquanto a recomposição do rebanho nos EUA não acontece (Foto: Jonne Roriz/Bloomberg)

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A Marfrig (MRFG3) anunciou um lucro líquido de R$ 85 milhões no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho foi impulsionado pela operação na América do Sul, onde a receita líquida consolidada alcançou R$ 37,8 bilhões, um aumento de 8,6%. O fluxo de caixa operacional também apresentou um crescimento significativo, subindo 17%, totalizando R$ 3,046 bilhões.

Fusões e Expansão

Recentemente, a Marfrig revelou a fusão com a BRF, formando a MBRF Global Foods Company, que aguarda aprovação do Cade. Essa fusão pode resultar em uma listagem nos Estados Unidos e um aumento nos dividendos para os acionistas. O presidente do conselho da Marfrig, Marcos Molina, destacou que a nova empresa poderá oferecer retornos superiores aos investidores.

A expectativa é que a fusão seja concluída até setembro. As ações da Marfrig subiram 9% após o anúncio, enquanto as da BRF tiveram um aumento de 5,62%. A Marfrig, que já controla a National Beef, está se posicionando para aproveitar a crescente demanda global por proteínas, especialmente em mercados como Brasil, Oriente Médio e Ásia.

Desempenho Regional

Na América do Sul, a receita líquida cresceu quase 10%, atingindo R$ 4 bilhões, com um aumento de 7,8% no volume vendido. As exportações representaram 55% da receita sul-americana, com destaque para os mercados da China e Europa. O CEO da divisão sul-americana, Rui Mendonça, afirmou que o resultado robusto se deve ao aumento da capacidade produtiva e ao foco em produtos de valor agregado.

Apesar das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre as carnes brasileiras, o impacto foi limitado, já que a região representa apenas 2,1% da receita de exportação. Mendonça mencionou que a produção foi redirecionada para outros mercados, minimizando os efeitos negativos.

Expectativas Futuras

Os desafios na América do Norte incluem preços recordes do gado e margens pressionadas. O CEO da operação nos EUA, Tim Klein, indicou que a recomposição do rebanho bovino pode levar até 2028 para melhorar as margens. Mesmo assim, a receita na região foi de R$ 3,3 bilhões, um avanço de 5,3%.

A Marfrig continua a reforçar sua presença no mercado interno, que representa 75% das vendas de produtos industrializados no Brasil e na Argentina. A expectativa é que a demanda na China se mantenha aquecida, especialmente com as compras para o Ano Novo Lunar, refletindo um aumento de 25% nos preços em comparação ao ano anterior.

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