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16 de ago 2025

Varejo adota inteligência artificial para proteger picanha de furtos e manter reputação

Varejo brasileiro adota inteligência artificial para combater perdas de R$ 9,7 bilhões com furtos em 2024 e reavalia protocolos de segurança

Central de segurança do Carrefour, em Barueri (SP), que faz o monitoramento das lojas do grupo no Brasil. (Foto: Zanone Fraissat/Folhapress)

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O varejo brasileiro enfrenta um grave problema com furtos, que resultaram em R$ 9,7 bilhões de perdas em 2024. De acordo com a consultoria KPMG, 70% dessas perdas são atribuídas a clientes, enquanto 30% são causadas por colaboradores e fornecedores. O caso de um supermercadista na Bahia ilustra essa realidade: um cliente, considerado amigo, furtava carne da loja, mostrando que os furtos muitas vezes são cometidos por pessoas conhecidas.

Para combater essa situação, os varejistas estão adotando novas tecnologias. A inteligência artificial, por exemplo, é utilizada para identificar comportamentos suspeitos e mercadorias não registradas no caixa. O presidente da Veesion no Brasil, Mathieu Le Roux, destaca que 60% dos furtos são realizados por clientes regulares, que muitas vezes não são vistos como suspeitos.

Além disso, o índice médio de perdas no varejo brasileiro alcançou 1,51% das vendas líquidas, o que representa R$ 36,5 bilhões. As quebras operacionais, que incluem produtos danificados ou vencidos, são a principal causa de prejuízos, seguidas pelos furtos. O diretor de gestão de riscos do Carrefour Brasil, Elizeu Lucena, enfatiza que a reputação da empresa é uma preocupação central, e a tecnologia ajuda a evitar decisões precipitadas durante abordagens de segurança.

Mudanças nos Protocolos de Segurança

Após crises de imagem, como o caso de Beto Freitas, um cliente que foi espancado até a morte por seguranças do Carrefour, os protocolos de segurança foram revisados. Hoje, todos os vigilantes são funcionários diretos e utilizam câmeras corporais. Carlos Eduardo Santos, presidente da Abrappe, afirma que a prioridade agora é proteger a vida e a imagem da empresa, em vez do patrimônio.

As lojas de conveniência e de vizinhança apresentam os maiores índices de perdas, com 3,8% e 3,3% das vendas líquidas, respectivamente. O varejo investe, em média, 1,1% do faturamento em ações de prevenção de perdas, sendo 0,3% destinado a tecnologia. A redução de perdas é vista como uma estratégia mais eficaz do que o aumento das vendas para melhorar a margem de lucro.

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