Setor de café alerta sobre riscos de tarifas e pede apoio dos EUA para sobrevivência
Café brasileiro enfrenta tarifas de 50% nos EUA, com impacto em marcas tradicionais e plano de contingência do governo para mitigar danos

Plantação de café especial em Minas Gerais, um dos maiores produtores do grão em todo o país (Foto: Divulgação/Varietal cafés especiais)
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O setor de café brasileiro enfrenta desafios significativos devido à tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos, que afeta diretamente a exportação e o mercado americano. O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) solicitou formalmente a exclusão do café dessa tarifa, destacando sua importância econômica e ambiental. A carta foi enviada ao USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA), que está investigando práticas comerciais estrangeiras.
O café brasileiro representa mais de 30% do mercado americano, sendo o principal fornecedor. Em 2024, o Brasil exportou 50,5 milhões de sacas, gerando uma receita de US$ 12,5 bilhões. O Cecafé alertou que marcas tradicionais americanas, como Folgers e Maxwell House, podem ser prejudicadas, já que dependem do café brasileiro para manter seus blends. A carta enfatiza que a tarifa pode resultar em aumentos de preços e inflação, impactando os consumidores.
Impactos Econômicos
O governo brasileiro anunciou um plano de contingência, o Plano Brasil Soberano, para apoiar as empresas afetadas. Esse pacote inclui uma linha de crédito de até R$ 30 bilhões e adiamento de impostos federais. A exportação de café verde do Brasil caiu 28,1% em julho, com empresas americanas solicitando adiamentos de embarques enquanto aguardam uma solução para as tarifas.
A National Coffee Association (NCA) dos EUA destacou que o setor de café gera 2,2 milhões de empregos e contribui com US$ 343 bilhões à economia americana. Cada US$ 1 gasto em café importado resulta em US$ 43 adicionais na economia local. A NCA pediu ao USTR que considere a importância do café para a economia e a geração de empregos, sugerindo que a tarifa deve ser revista.
Alternativas de Exportação
Diante da situação, o setor brasileiro avalia a possibilidade de triangular a exportação do café, vendendo grãos para outros países que não impõem tarifas tão altas. A União Europeia, com uma tarifa de 15%, pode ser uma alternativa viável. Essa estratégia pode ajudar a manter a competitividade do café brasileiro no mercado americano, que já enfrenta desafios com a crescente concorrência de outros países.
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