14 de mar 2025
Menos mulheres investem do que homens, aponta pesquisa da Anbima e Datafolha
Em 2024, apenas 8% das mulheres investiram, contra 14% dos homens, segundo a Anbima. A desigualdade salarial é um fator crucial, com mulheres ganhando 19,4% a menos. Metade das mulheres que não investiram pretende fazê lo em 2025, buscando segurança financeira. A representatividade feminina no mercado financeiro é baixa, com apenas 20% de mulheres. A caderneta de poupança é a principal escolha de investimento, embora tenha caído para 24%.
Foto: Reprodução
Ouvir a notícia:
Menos mulheres investem do que homens, aponta pesquisa da Anbima e Datafolha
Ouvir a notícia
Menos mulheres investem do que homens, aponta pesquisa da Anbima e Datafolha - Menos mulheres investem do que homens, aponta pesquisa da Anbima e Datafolha
Em 2024, apenas 8% das mulheres brasileiras investiram em aplicações financeiras, em comparação a 14% dos homens, segundo a oitava edição do "Raio X do Investidor Brasileiro", da Anbima e Datafolha. A pesquisa, que ouviu 5.846 pessoas, revelou que 92% das mulheres não realizaram investimentos no ano passado, com a falta de dinheiro sendo o principal motivo, citado por 83% das entrevistadas. O percentual de mulheres investidoras cresceu de 5% em 2022 para 8% em 2024, enquanto os homens passaram de 5% para 14% no mesmo período.
A disparidade salarial entre gêneros contribui para essa situação, com as mulheres ganhando 19,4% a menos que os homens, conforme o "1º Relatório Nacional de Transparência Salarial". Ana Leoni, presidente da Planejar, destaca que isso reduz a capacidade de poupança das mulheres, que frequentemente priorizam gastos domésticos. Além disso, a inflação de 4,83% em 2024, com alimentos subindo 7,60%, impactou ainda mais a possibilidade de investimento.
A predominância masculina no mercado financeiro, onde apenas 20% dos profissionais são mulheres, também é um fator limitante. Pollyanne Venturini Maia, da Valor Investimentos, observa que barreiras culturais ainda persistem, mas a situação está mudando. Em 2025, espera-se um aumento no número de mulheres investidoras, com 50% das não investidoras manifestando interesse em começar, buscando segurança financeira e aumento do poder de consumo.
A caderneta de poupança continua sendo a principal escolha de investimento entre as mulheres, embora sua adesão tenha caído de 26% para 24% em 2024. Ana Leoni ressalta que as mulheres tendem a ser mais cautelosas em suas decisões financeiras, o que pode resultar em menos erros. A expectativa de vida das mulheres, que era de 79,7 anos em 2023, também reforça a necessidade de planejamento financeiro a longo prazo.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.