Economia

Novo crédito consignado promete juros menores, mas especialistas alertam para riscos ao trabalhador

Trabalhadores com carteira assinada já podem acessar o novo "Crédito do Trabalhador", que promete reduzir juros em até 40%. A modalidade permite usar parte do FGTS como garantia e oferece a possibilidade de trocar dívidas caras por um crédito mais acessível. Contudo, especialistas alertam para riscos, como o comprometimento do FGTS e a falta de regulamentação. A educação financeira é essencial para evitar o superendividamento.

Novo consignado começa a ser ofertado hoje por plataforma: especialistas alertam sobre os cuidados com o crédito (Foto: Banco de imagens)

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O governo brasileiro lançou nesta sexta-feira (21) uma nova modalidade de empréstimo consignado, chamada de "crédito do trabalhador", que visa reduzir os juros para trabalhadores da iniciativa privada. A expectativa é que a taxa média de juros caia de 40% ao ano para 23,8%, similar à taxa cobrada de servidores públicos. Este programa é uma resposta ao alto nível de endividamento no país, que afeta mais de 70% da população. Contudo, especialistas alertam para riscos, como a utilização de verbas rescisórias e do FGTS para quitar dívidas, além do prazo de pagamento que pode se estender por até 96 meses.

A nova modalidade permite que trabalhadores com carteira assinada utilizem até 10% do saldo do FGTS como garantia para o empréstimo, além de 100% da multa rescisória em caso de demissão sem justa causa. O acesso ao crédito será facilitado por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, onde os trabalhadores poderão comparar ofertas de mais de 80 instituições financeiras. No entanto, a regulamentação do uso do FGTS como garantia ainda está pendente de análise pelo Conselho Curador do FGTS.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que a alta taxa de juros é o principal fator que leva ao superendividamento das famílias. Ele enfatizou que o novo crédito consignado permitirá que os trabalhadores troquem dívidas mais caras por opções com juros mais baixos, promovendo uma maior concorrência entre os bancos. O governo espera que essa mudança contribua para a redução do endividamento e melhore a situação financeira dos trabalhadores.

Economistas, como Ione Amorim, alertam que, apesar das vantagens, a nova modalidade pode perpetuar o ciclo de endividamento se não houver uma gestão financeira adequada. Ela recomenda que os consumidores busquem negociar suas dívidas antes de optar pelo crédito consignado, ressaltando a importância da educação financeira para evitar armadilhas que podem agravar a situação econômica dos trabalhadores.

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