Economia

Dinamarca é exemplo de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, com foco em confiança e bem-estar

A Dinamarca tem apenas 1,1% de trabalhadores em longas jornadas, segundo a OCDE. Gabriel Hoces destaca a cultura de confiança e a ausência de microgerenciamento. Meik Wiking aponta políticas como férias e licenças que promovem bem estar. Janine Leschke ressalta a flexibilidade que permite conciliar trabalho e vida pessoal. Especialistas acreditam que o modelo dinamarquês pode inspirar mudanças globais.

Gabriel Hoces é funcionário de uma empresa de tecnologia em Copenhague. (Foto: Gabriel Hoces)

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Gabriel Hoces, que trabalha em uma empresa de tecnologia em Copenhague, destaca a "confiança" como a palavra-chave para descrever sua experiência profissional na Dinamarca. Ele afirma que "ninguém está tentando te microgerenciar", ressaltando a ausência de hierarquia e a atmosfera democrática no ambiente de trabalho. Dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que apenas 1,1% dos dinamarqueses trabalham 50 horas ou mais por semana, bem abaixo da média global de 10,2%.

Meik Wiking, autor de The Art of Danish Living e diretor do The Happiness Research Institute, aponta que a Dinamarca serve de modelo para políticas de trabalho. Ele menciona benefícios como cinco semanas de férias remuneradas e seis meses de licença parental, contrastando com o Reino Unido e os Estados Unidos, onde as políticas são menos generosas. Wiking também destaca a prática de empoderamento dos funcionários, exemplificada pela regra dos três metros em Tivoli Gardens, onde cada um é responsável pelo que acontece em seu entorno.

Janine Leschke, professora da Copenhagen Business School, observa que a Dinamarca não adota uma cultura de trabalho que exige presença constante. A flexibilidade permite que os funcionários atendam a compromissos pessoais, como buscar filhos na escola. Hoces critica a expectativa de disponibilidade nos fins de semana em alguns lugares, afirmando que isso seria um sinal de alerta para ele.

Casper Rouchmann, CEO da SparkForce, acredita que a confiança é fundamental na cultura dinamarquesa, embora reconheça que isso pode levar a uma menor disposição para correr riscos. Samantha Saxby, especialista em recursos humanos, sugere que a Dinamarca prioriza o bem-estar coletivo, enquanto os EUA focam na ambição individual. No entanto, ela observa que empresas de todo o mundo estão começando a adotar práticas que promovem o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, reconhecendo que funcionários satisfeitos são mais produtivos e criativos.

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