09 de fev 2025
Relatório do ONS alerta para risco de apagões em nove estados devido à sobrecarga elétrica
Relatório do ONS indica riscos de apagões em nove estados entre 2025 e 2029. Crescimento da energia solar pode causar sobrecargas em subestações de transmissão. Apagão de seis horas em 2023 foi causado por intermitência da energia renovável. Capacidade instalada de energia solar no Brasil é de 53 GW, 22% do total. Fenômeno de "fluxo reverso" pode resultar em desligamento do sistema elétrico.
Torres de transmissão de energia elétrica: risco de crise nos próximos quatro anos (Foto: Bruno Ecolástico/Ato Press)
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Um relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indica que o aumento da geração de energia solar pode provocar apagões em nove estados brasileiros nos próximos cinco anos. O documento, parte do Plano de Operação Elétrica de Médio Prazo para 2025 a 2029, alerta para sobrecargas em subestações, que podem ultrapassar a capacidade operacional dos transformadores. Os estados em risco incluem Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, Rondônia, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí.
Em 2023, o Brasil enfrentou um apagão de seis horas em 25 estados, atribuído à intermitência da energia solar e eólica. O ONS destacou que o início do apagão foi causado por um desempenho inesperado dos parques eólicos e fotovoltaicos. A micro e minigeração distribuída, que inclui painéis solares em residências e comércios, possui atualmente uma capacidade instalada de 53 GW, representando 22% da capacidade total do país.
Um fenômeno preocupante associado à geração descentralizada é o fluxo reverso de energia, onde o excesso gerado por consumidores não utilizado retorna ao sistema de transmissão. Esse fluxo inverso pode causar sobrecargas, resultando em desligamentos no sistema de transmissão devido ao excesso de carga elétrica. O ONS enfatiza a necessidade de monitoramento e ajustes para evitar riscos à segurança do sistema elétrico.
A crescente dependência de fontes renováveis, como a energia solar, exige uma análise cuidadosa das infraestruturas de transmissão e distribuição. O ONS recomenda ações para mitigar os riscos identificados, garantindo a estabilidade do fornecimento de energia e a segurança do sistema elétrico nacional.
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