12 de fev 2025
Coca-Cola pode aumentar uso de garrafas plásticas com tarifas de Trump sobre alumínio
James Quincey, CEO da Coca Cola, pode aumentar vendas de garrafas plásticas. Tarifas de 25% sobre alumínio, impostas por Trump, tornam latas mais caras. Coca Cola, criticada por ambientalistas, reverte estratégia de sustentabilidade. Aumento no uso de plástico pode intensificar a poluição ambiental. Tarifa afeta principalmente Canadá, México e Brasil, grandes exportadores de aço.
Tarifaço sobre aço e alumínio pode influenciar uso de garrafas plásticas pela Coca-Cola. (Foto: Scott Olson/Getty Images)
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O presidente-executivo da Coca-Cola, James Quincey, afirmou que a empresa pode aumentar a venda de bebidas em garrafas plásticas nos Estados Unidos, caso as tarifas de 25% sobre aço e alumínio, anunciadas pelo presidente Donald Trump, elevem os custos das latas. Quincey destacou que, se os preços das latas subirem, a Coca-Cola poderá priorizar as garrafas PET para manter a competitividade. Ele ressaltou que, embora a embalagem represente uma parte pequena dos custos, a empresa tem buscado melhorar sua imagem sustentável ao adotar mais latas de alumínio, que são mais recicláveis.
A nova política tarifária de Trump pode reverter essa tendência, aumentando a poluição plástica. O Brasil, junto com Canadá e México, será um dos países mais impactados, já que é um dos principais exportadores de aço para os EUA. Dados do governo americano indicam que 50% do aço brasileiro exportado tem os EUA como destino, gerando bilhões de dólares em vendas. Além disso, os EUA importam quase metade do alumínio que consomem, o que torna a nova tarifa ainda mais relevante.
Trump também assinou um decreto incentivando o uso de canudos de plástico, contrastando com a abordagem ambientalista de seu antecessor, Joe Biden. O ex-presidente Biden havia promovido um relatório que recomendava ações para reduzir o uso de descartáveis em prédios do governo, destacando que mais de 90% do plástico é derivado de combustíveis fósseis, contribuindo para as mudanças climáticas. A resistência do Partido Republicano a iniciativas ambientais foi reforçada por Trump em suas redes sociais, onde criticou alternativas ao plástico.
Essas mudanças de política podem ter um impacto significativo na estratégia da Coca-Cola e na indústria de bebidas como um todo, especialmente em um momento em que a sustentabilidade é uma preocupação crescente entre consumidores e reguladores. A decisão da Coca-Cola de priorizar garrafas plásticas pode ser vista como uma resposta direta às novas tarifas e à pressão econômica que elas representam.
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