Economia

Construção civil busca soluções para reduzir 45 milhões de toneladas de resíduos

Em 2022, a construção civil gerou 45 milhões de toneladas de resíduos, com leve queda. MRV&Co e Cury adotam práticas inovadoras, como logística reversa e reciclagem. O Plano Nacional de Resíduos Sólidos visa aumentar a reciclagem em 25% até 2025. Especialistas acreditam que é possível reaproveitar quase todos os resíduos gerados. A economia circular e o design for disassembly são essenciais para a sustentabilidade.

Na gestão dos resíduos na construção civil, tudo passa pela separação, identificação e destinação de cada tipo de material. (Foto: Divulgação)

Na gestão dos resíduos na construção civil, tudo passa pela separação, identificação e destinação de cada tipo de material. (Foto: Divulgação)

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Em 2022, o Brasil gerou aproximadamente 45 milhões de toneladas de resíduos de construção civil e demolição, conforme dados da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos (Abrema). Embora tenha havido uma redução de 1,8% em relação ao ano anterior, o volume ainda é alarmante, exigindo que construtoras adotem práticas mais sustentáveis. A geração de resíduos está diretamente ligada ao aumento do mercado imobiliário e ao consumo de cimento no país.

As empresas do grupo MRV&Co implementam a logística reversa para reaproveitar materiais como plásticos e aço, enquanto sobras de alvenaria são recicladas. O gestor José Luiz Esteves exemplifica a prática com um projeto de 7 mil apartamentos em São Paulo, onde materiais de demolição foram transformados em pavimentação. A Cury também investe em treinamento para a separação de resíduos, utilizando tecnologias que aumentam a eficiência na obra.

O presidente da Abrainc, Luiz França, destaca que o setor imobiliário tem avançado em métodos que reduzem desperdícios e impactos ambientais. Em 2022, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos estabeleceu um aumento de 25% na reciclagem de resíduos do setor, complementando a política criada em 2010. Contudo, o professor Romildo Toledo, da Coppe/UFRJ, acredita que o volume de resíduos é subestimado e que, com planejamento e tecnologia, é possível reaproveitar quase todos os materiais.

Toledo sugere a criação de bancos de materiais para facilitar o reúso e a adoção do conceito de design for disassembly, que permite desmontar estruturas para novos usos. Ele cita como exemplo a estrutura da Arena do Futuro, utilizada para construir escolas após as Olimpíadas do Rio 2016. A implementação de uma economia circular é vista como essencial para a sustentabilidade na construção civil.

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