Forever 21 solicita falência pela segunda vez em seis anos, pressionada por concorrência intensa

A varejista Forever 21 entrou com pedido de falência pela segunda vez em seis anos, afetada pela inflação e pela concorrência de empresas de fast fashion como Shein e Temu. O pedido foi feito sob o Capítulo 11 em Delaware, com dívidas estimadas em US$ 1,58 bilhão. A empresa, que já operou cerca de 800 lojas globalmente, planeja realizar liquidações enquanto busca um comprador para seus ativos, mantendo suas operações nos Estados Unidos e lojas internacionais inalteradas.

O co-diretor de reestruturação da Forever 21, Stephen Coulombe, destacou que a marca foi "materialmente impactada" pela concorrência, especialmente devido à isenção de minimis, que permite a importação de produtos de baixo valor sem tarifas. Essa situação, combinada com o aumento dos custos operacionais e mudanças nas preferências dos consumidores, dificultou a sustentabilidade da marca. Em 2021, a Forever 21 gerou US$ 2 bilhões em receita, mas enfrentou perdas significativas nos últimos anos, totalizando mais de US$ 400 milhões.

A marca, que se destacou entre os jovens desde sua fundação em 1984, foi adquirida em 2019 por um consórcio que incluía a Authentic Brands Group e operadoras de shopping. Apesar de uma recuperação inicial, a empresa não conseguiu se adaptar às novas dinâmicas do mercado, resultando em um novo pedido de falência. A Catalyst Brands, formada pela fusão da Forever 21 com a JC Penney, agora busca explorar opções estratégicas para a marca.

Com a falência, a Forever 21 se junta a uma lista crescente de varejistas que enfrentam dificuldades nos Estados Unidos, onde mais de 7.300 lojas foram fechadas em 2023. A marca, que já teve um papel significativo no movimento de fast fashion, agora busca um caminho para a continuidade, mesmo diante de um cenário desafiador.